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Hiperidrose: quando a transpiração excessiva afeta a qualidade de vida

publicado em 11 Out. 2025

A hiperidrose é uma doença benigna, mas com grande impacto no bem-estar físico e psicológico. Caracteriza-se por uma transpiração excessiva, que ocorre mesmo em situações em que o corpo não necessita de regular a temperatura.

 

A Dr.ª Sandrina Braga (OM44789), Médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular no Trofa Saúde Alfena, Braga Centro e Braga Sul, esteve em direto no programa “Consultório” do Porto Canal para esclarecer dúvidas sobre esta condição e explicar as diferentes opções de tratamento.

O que é a hiperidrose?

A hiperidrose resulta de uma hiperatividade das glândulas sudoríparas, levando à produção exagerada de suor. Apesar de ser uma condição benigna, pode causar desconforto, constrangimento e, em casos mais graves, interferir na vida social e profissional.

Quando surge e quem é mais afetado?

A doença costuma aparecer ainda na infância e tende a agravar-se na puberdade, devido às alterações hormonais. Afeta ambos os sexos e pode estar relacionada com fatores genéticos ou secundários a outras patologias.

Zonas do corpo mais afetadas

As áreas mais frequentemente atingidas pela hiperidrose são:

  • Palmas das mãos
  • Axilas
  • Plantas dos pés
  • Em alguns casos, o rosto e outras regiões corporais

 

Pode manifestar-se de forma isolada ou combinada, com predominância acentuada de uma região.

Impacto psicológico

Mais do que um desconforto físico, a hiperidrose pode gerar transtornos psicológicos significativos, levando ao isolamento social e à redução da autoestima. Muitos doentes escondem o problema ou adiam o tratamento por vergonha ou falta de informação.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é clínico e baseia-se na história do doente e na observação dos sintomas.

O tratamento pode variar consoante a gravidade e inclui:

  • Terapêutica médica, com recurso a fármacos ou toxina botulínica;
  • Tratamentos tópicos e iontoforese;
  • Cirurgia, nos casos em que as abordagens médicas não são eficazes, podendo proporcionar uma melhoria significativa e duradoura dos sintomas.

 

A hiperidrose é uma condição tratável e o acompanhamento médico é essencial para identificar a melhor abordagem terapêutica. O diagnóstico precoce e a informação correta são fundamentais para devolver conforto e confiança ao doente.