A hiperidrose é uma doença benigna, mas com grande impacto no bem-estar físico e psicológico. Caracteriza-se por uma transpiração excessiva, que ocorre mesmo em situações em que o corpo não necessita de regular a temperatura.
A Dr.ª Sandrina Braga (OM44789), Médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular no Trofa Saúde Alfena, Braga Centro e Braga Sul, esteve em direto no programa “Consultório” do Porto Canal para esclarecer dúvidas sobre esta condição e explicar as diferentes opções de tratamento.
O que é a hiperidrose?
A hiperidrose resulta de uma hiperatividade das glândulas sudoríparas, levando à produção exagerada de suor. Apesar de ser uma condição benigna, pode causar desconforto, constrangimento e, em casos mais graves, interferir na vida social e profissional.
Quando surge e quem é mais afetado?
A doença costuma aparecer ainda na infância e tende a agravar-se na puberdade, devido às alterações hormonais. Afeta ambos os sexos e pode estar relacionada com fatores genéticos ou secundários a outras patologias.
Zonas do corpo mais afetadas
As áreas mais frequentemente atingidas pela hiperidrose são:
- Palmas das mãos
- Axilas
- Plantas dos pés
- Em alguns casos, o rosto e outras regiões corporais
Pode manifestar-se de forma isolada ou combinada, com predominância acentuada de uma região.
Impacto psicológico
Mais do que um desconforto físico, a hiperidrose pode gerar transtornos psicológicos significativos, levando ao isolamento social e à redução da autoestima. Muitos doentes escondem o problema ou adiam o tratamento por vergonha ou falta de informação.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é clínico e baseia-se na história do doente e na observação dos sintomas.
O tratamento pode variar consoante a gravidade e inclui:
- Terapêutica médica, com recurso a fármacos ou toxina botulínica;
- Tratamentos tópicos e iontoforese;
- Cirurgia, nos casos em que as abordagens médicas não são eficazes, podendo proporcionar uma melhoria significativa e duradoura dos sintomas.
A hiperidrose é uma condição tratável e o acompanhamento médico é essencial para identificar a melhor abordagem terapêutica. O diagnóstico precoce e a informação correta são fundamentais para devolver conforto e confiança ao doente.