No pescoço, atrás da tiroide, encontram-se 4 pequenas glândulas, chamadas paratiroides com cerca de 4 a 5 mm. Estas glândulas produzem uma hormona essencial, hormona paratiroideia, que regula a quantidade de cálcio no sangue.
Quando esta hormona é produzida em excesso provoca um aumento do cálcio no sangue. Este cálcio é retirado dos ossos enfraquecendo-os e provocando osteoporose e é eliminado pelos rins provocando litíase renal (pedras nos rins).
A esta situação de aumento da produção da hormona paratiroideia pelas paratiroides dá-se o nome de hiperparatiroidismo.
O hiperparatiroidismo pode afetar tanto homens como mulheres, mas é mais comum no sexo feminino. A sua incidência aumenta a partir da quarta década de vida e torna-se mais frequente com o envelhecimento.
É uma doença muito silenciosa só dando sinais em fases muito avançadas. Doentes com pedras nos rins ou osteoporose grave devem pensar nesta doença antes que os problemas se tornem irreversíveis.
O diagnóstico é simples e feito através da medição dos níveis de cálcio e hormona paratiroideia no sangue.
Quando a doença é confirmada, o doente deve ser enviado para um cirurgião especializado em endocrinologia já que o tratamento é, habitualmente, cirúrgico.
Em cerca de 80% dos casos a causa é um tumor benigno (adenoma) numa das glândulas ou uma alteração das quatro glândulas (hiperplasia) com o tratamento a passar sempre pela cirurgia. O cancro é extremamente raro.
O tratamento cirúrgico é curativo na grande maioria dos casos mas quando a doença está muito avançada pode deixar problemas renais e ósseos graves para o resto da vida
Por isto é fundamental estar atento a esta doença e diagnosticá-la precocemente.