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Hiperparatiroidismo

publicado em 09 Jul. 2018

As glândulas paratiroides foram os últimos órgãos major a serem descobertos, certamente devido ao seu tamanho reduzido. Uma glândula paratiroide mede 4mm e pesa 30mg. A maioria das pessoas tem 4 glândulas localizadas no pescoço, por trás e coladas à tiroide.

 

Quando se retira a tiroide deve-se ter todo o cuidado para não tirar também estas glândulas (porque como são muito pequenas, passam despercebidas) pois são fundamentais para o controlo do cálcio no organismo. Produzem uma hormona, a paratormona (PTH) responsável pelos níveis de cálcio no sangue. Se é produzida a menos porque funcionam mal provocam baixas de cálcio, se produzida em excesso (hiperparatiroidismo) provoca um aumento do cálcio no sangue. Este aumento leva a que seja roubado aos ossos levando à osteoporose e à sua excreção na urina com formação de cálculos renais.

 

O aumento da produção da PTH é causado, geralmente, por um tumor de uma destas glândulas que embora aumente de tamanho continua a ser muito pequena para se notar. E como as queixas são fadiga, “pedras nos rins” e “falta de cálcio nos ossos” a doença não é detetada até muito tarde.

 

É uma doença em que os médicos não pensam porque ou não se lembram ou julgam ser rara. Mas na verdade é a terceira doença das glândulas, logo a seguir à tiroide e à diabetes. É mais frequente em mulheres do que em homens e atinge principalmente a idade após a menopausa, altura em que a osteoporose também é frequente. Se pensarmos no Distrito de Braga com cerca de 500.000 habitantes, surgem todos os anos mais de 100 novos casos de hiperparatiroidismo que irão evoluir sem serem diagnosticados.

 

O diagnóstico é muito simples. Uma simples determinação de cálcio no sangue numa análise de rotina pode levantar a suspeita, se estiver elevado. Se estiver acima do normal é quase certo um hiperparatiroidismo. Quando tal acontece, deve procurar um especialista para confirmar o diagnóstico e tratar.

 

O tratamento é, geralmente, cirúrgico. Simples se feito por alguém experiente e curativo já que estes tumores são, quase sempre, benignos. Uma vez localizado o tumor (pois qualquer uma das 4 glândulas pode estar doente) basta um pequeno corte (parecido com as cirurgias da tiroide, mas mais pequeno) para o retirar e tratar definitivamente. É muito importante que o tratamento aconteça antes que as “pedras” estraguem os rins ou as fraturas dos ossos afetem a vida dos doentes.
Assim, quando o seu médico lhe pedir aquelas análises que costuma fazer todos os anos, peça-lhe que acrescente uma que analise o cálcio no sangue. Uma coisa tão simples pode fazer toda a diferença.

 

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