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Hipotiroidismo, Hipertiroidismo e Nódulos da tiroide: conheça as diferenças

publicado em 25 Mai. 2021

A tiroide é uma glândula endócrina, em forma de borboleta, localizada na região anterior do pescoço. A sua função é produzir hormonas tiroideias, que são essenciais para a vida humana. Logo ao nascimento, no “teste do pezinho”, um dos parâmetros analisados é a TSH, para avaliar a função tiroideia. Caso seja detetado hipotiroidismo, o bebé inicia imediatamente suplementação com hormona tiroideia, para ter um normal desenvolvimento físico e mental.

 

As doenças da tiroide são bastante prevalentes, em especial no sexo feminino e à medida que a idade avança. De uma forma muito generalista, podemos dividi-las em dois grandes grupos:

 

  • Alterações da função (hipotiroidismo vs hipertiroidismo)
  • Alterações da estrutura (nódulos da tiroide).

 

Na abordagem da patologia tiroideia é essencial uma avaliação clínica cuidada, assim como alguns exames complementares de diagnóstico, como análises ao sangue (na maioria das vezes é suficiente o doseamento de TSH e T4 livre) e ecografia da tiroide (para aferir a existência ou não de nódulos, assim como avaliar o seu número, localização, dimensões e caraterísticas).

 

O hipotiroidismo corresponde à diminuição de produção de hormonas tiroideias. Pode cursar com sintomas muito inespecíficos, como cansaço, aumento de peso, obstipação, lentificação cognitiva, intolerância ao frio, pele seca, entre outros. A necessidade de tratamento (suplementação com levotiroxina) depende de vários fatores como a idade do doente, sintomas, outras doenças existentes e o valor de TSH e T4 livre. A causa mais comum de hipotiroidismo é a tiroidite autoimune. Outras causas são a cirurgia tiroideia, radioterapia cervical, fármacos, etc…

 

O hipertiroidismo corresponde ao excesso de produção de hormonas tiroideias. Habitualmente provoca palpitações, perda ponderal, irritabilidade, intolerância ao calor, entre outros sintomas. Mais uma vez a avaliação médica é crucial, pois o hipertiroidismo pode também provocar, se não for tratado, arritmias cardíacas e/ou osteoporose. O tratamento é individualizado, podendo ser com comprimidos, cirurgia ou iodo radioativo.

 

A esmagadora maioria dos nódulos da tiroide são benignos. Contudo, de acordo com a história clínica do doente e com as dimensões e caraterísticas ecográficas dos nódulos, pode ser necessária a realização de uma biópsia aspirativa com agulha fina. Quando os nódulos tiroideus são muito volumosos ou apresentam resultados citológicos a favor de malignidade está recomendado o tratamento cirúrgico.

 

São grupos especiais no tratamento da patologia tiroideia as crianças, grávidas e mulheres em preconceção, idosos e pessoas com patologia cardíaca importante. Estas populações devem ser avaliadas e orientadas por médicos especialistas de Endocrinologia.