A resposta é: na maioria dos casos, não.
Todas as crianças necessitam de um aporte vitamínico diário, que é geralmente fornecido pela alimentação se esta for diversificada (rica em hortícolas, fruta, gorduras saudáveis, lacticínios, carnes, pescado, ovos, leguminosas) e nas proporções certas.
Dependendo da idade e do estado de saúde da criança, a necessidade de vitaminas (e de outros nutrientes) pode ser acima daquela fornecida pela dieta diária. Um exemplo disso é a necessidade da suplementação com vitamina D nos primeiros 12 meses de vida. Também os recém-nascidos pré-termo ou de baixo peso necessitam, temporariamente, de cuidados nutricionais e suplementação específica.
Doenças de causa genética e metabólica, perturbações do comportamento alimentar (desde a anorexia às restrições alimentares) ou mesmo a obesidade, podem provocar situações de desnutrição energético-proteica e/ou défices vitamínicos e minerais (p.ex. vitamina D, vitamina B12, cálcio, ferro, zinco). Estas carências poderão ter impacto negativo no crescimento, composição corporal e desenvolvimento cognitivo da criança.
Também a opção por dietas alimentares mais radicais (p.ex., a dieta vegan) não são aconselhadas em idade pediátrica. Quando praticadas, deverão ser sempre feitas sob supervisão do(a) Pediatria e com provável apoio de Nutricionista.
Note-se que a fase de crescimento da criança, mais ou menos acelerada, pode influenciar o seu apetite. As situações de menor apetite são muitas vezes causa de preocupação dos pais, sendo aqui fundamental a avaliação e opinião do(a) Pediatra, o(a) qual poderá concluir sobre a saúde global da criança, incluindo o seu estado de nutrição.
O início de uma dieta equilibrada logo desde o momento da introdução dos alimentos sólidos (pelos 6 meses de idade) e o precoce estabelecimento de rotinas familiares saudáveis à mesa são elementos-chave do sucesso da saúde futura das nossas crianças e adolescentes.
