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Obesidade: uma abordagem multidisciplinar

publicado em 30 Jan. 2019

A obesidade é uma doença crónica, caracterizada por uma quantidade excessiva de tecido adiposo – gordura – no organismo, em depósitos subcutâneos e viscerais.

 

Os principais fatores contribuintes para o desenvolvimento da obesidade são a predisposição genética, a própria idade, sabemos que o grau de obesidade aumenta com a idade, o sexo, sendo mais frequente no sexo feminino, os desequilíbrios alimentares, estes muitas vezes associados a problemas de comportamento e emocionais, a inatividade física é um fator importante, uma vez que interfere no equilíbrio energético.

 

A obesidade acarreta múltiplos problemas de saúde se não corrigida, principalmente quando o Índice de Massa Corporal é superior a 35 kg/m2, surgindo progressivamente problemas cardiovasculares como a hipertensão, complicações metabólicas como a diabetes tipo II, complicações pulmonares como a apneia do sono, complicações gastrointestinais como a esteatose hepática e a litíase vesicular, alterações genitourinárias como a infertilidade e amenorreia, as alterações osteoarticulares principalmente degenerativas são frequentes e incapacitantes, por sua vez aumentando ainda mais a inatividade.

 

Não menos importante são as alterações socioeconómicas e psicossociais em que se salienta a discriminação educativa, laboral e social, o isolamento, a depressão e a perda de autoestima.

 

A Organização Mundial de Saúde reconhece que a obesidade tem, atualmente, uma prevalência igual ou superior à da desnutrição e das doenças infeciosas, estimando que, se nada for feito para prevenir e tratar esta epidemia, mais de 50% da população mundial será obesa no ano de 2025.

 

Em Portugal, em 2004, a prevalência da obesidade era, segundos dados da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO) de 14,5% nos homens e 14,6% nas mulheres e da pré-obesidade de 44,1% nos homens e 31,9% nas mulheres, significando assim que mais de metade da população portuguesa apresenta sobrecarga ponderal. Esta doença é a segunda causa de morte passível de prevenção, depois do tabagismo. Acarreta custos económicos elevados, representando 2-7% dos custos totais de saúde, estimando-se que em Portugal seja responsável por cerca de 3,5% dos custos de saúde.

 

Assim, pela sua elevada prevalência, pela morbilidade e mortalidade associadas, pelo impacto negativo na qualidade de vida e pelos elevados custos associados à obesidade constitui um importante problema de saúde pública, em todo o mundo, e de forma mais premente nos países desenvolvidos.

 

O Trofa Saúde Hospital em Guimarães, não indiferente a toda esta problemática possui uma consulta diferenciada de Obesidade com uma equipa multidisciplinar para abordagem diagnóstica e terapêutica.