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Ortodontia: quando iniciar?

publicado em 04 Jan. 2022

O significado etimológico da palavra Ortodontia foi usado por ortodontistas que tinham como objetivo principal a excelência de um tratamento ortodôntico, com bom alinhamento dentário. Mas é tempo de voltarmos aos elementos fundamentais do diagnóstico e prognóstico, para darmos aos jovens uma boa oclusão, função de mastigação e estética facial. Deste modo, pergunta-se quais as crianças é que deveriam ser tratadas? Como? Quais deveriam ser encaminhadas para um especialista? Quando? Quais deveriam ser observadas para uma intervenção posterior? Porquê? Qual é a melhor época para se iniciar o tratamento das más oclusões?

 

Idealmente, durante a infância, os pais devem procurar a orientação de um odontopediatra, para um acompanhamento correto, assim que os dentes de leite começam a nascer. As consultas anuais são importantes para manter a saúde oral, o que por si só já previne o aparecimento de vários problemas ortodônticos. O odontopediatra, sempre que denote uma alteração anormal no desenvolvimento dentário, deverá encaminhar a criança para um ortodontista, porque um médico dentista especializado em ortodontia poderá confirmar com rigor e precisão se e quando será necessário utilizar um aparelho ortodôntico.

 

Os aparelhos ortodônticos são indicados para corrigir ou prevenir disfunções na arcada dentária, problemas com o nascimento e crescimento dos dentes relacionados com a má oclusão. Sem prejuízo de não existir uma idade definida para a colocação de aparelho, há, no entanto, uma altura ideal de intervenção, mediante o problema que está na base do desalinhamento dos dentes. Segundo investigações realizadas, a criança, quando atinge os 7 anos de idade, deverá fazer uma avaliação ortodôntica. Nessa fase, os ossos do rosto ainda não estão totalmente desenvolvidos, o que potencia um tratamento ortodôntico mais eficaz.

 

A posição incorreta dos dentes na arcada pode ter repercussões graves na saúde, e por isso não devemos encarar o tratamento como uma solução meramente estética: alterações fonéticas e respiratórias e problemas na articulação temporomandibular são exemplos de consequências de um alinhamento incorreto da dentição.

 

Assim, o papel da Ortodontia Preventiva é o de orientar e conduzir o desenvolvimento craniofacial, de acordo com uma visão morfológica, estética e funcional; ao invés da Ortodontia Intercetiva, que tem por base deter um problema anormal já instalado, para que a oclusão prossiga corretamente.

 

Naturalmente, em alguns casos, o tratamento precoce não será necessário ou até mesmo apropriado. O profissional de saúde deverá excluir os casos em que a Ortodontia Preventiva ou Intercetiva apenas aumentarão o tempo e o custo do tratamento. São exemplo casos em que a imaturidade da criança torna o tratamento impraticável ou há diastema Interinsicivos. Nestes casos de dentição mista, o diastema interincisivo nos centrais e a inclinação distal das coroas dos incisivos laterais permanentes, na arcada superior, são condições transitórias, pertencentes ao quadro de desenvolvimento normal da oclusão.

 

Ainda a propósito do tratamento ortodôntico, existem dois tipos de aparelhos: os fixos e os removíveis. Os aparelhos removíveis são, por norma, utilizados nas crianças a partir dos 6 anos e são recomendáveis a crianças cujo palato (céu da boca) é estreito, dentes muito salientes, mandíbula proeminente, desvio da mandíbula ao abrir e fechar a boca, hábitos como chuchar o dedo, interpor a língua ao engolir ou usar chupeta até idades tardias, respiração oral e atrasos na erupção dentária. É um tipo de aparelho que implica um grande empenho por parte da criança e dos pais para que os resultados esperados sejam efetivamente alcançados. Os aparelhos fixos são mais utilizados a partir da fase da adolescência e são indicados principalmente para tratamentos de longo prazo. Podem ser utilizados nos casos em que apresentem uma dentição mista (presença de dentes de leite e definitivos em simultâneo) entre os 8 e 11 anos.

 

Para concluir, a Ortodontia, quando desempenhada na altura certa, serve de atenuante do tratamento corretivo e em algumas situações elimina mesmo a sua necessidade.