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Preparar o Verão: Cuidados a ter com o Sol!

publicado em 01 Fev. 2017

Os efeitos benéficos da radiação luminosa são bem conhecidos na manutenção dos ritmos biológicos. O Sol dá-nos luz, calor, alegria e energia… mas também pode ser muito perigoso! Sem as medidas de prevenção adequadas, a exposição solar pode causar: queimaduras (pele vermelha, dor, bolhas, descamação) e efeitos prejudiciais tardios como envelhecimento cutâneo (manchas, rugas, perda de elasticidade, dilatação de vasos sanguíneos) e fotocarcinogénese (melanoma maligno e outros tipos de cancro da pele).
O melanoma maligno é uma neoplasia de elevada malignidade pelo seu poder metastático precoce. A sua incidência está a aumentar muito provavelmente pela mudança de hábitos da população quanto à exposição da pele à radiação solar (lazer, desporto, estética) e pela modificação quantitativa e qualitativa da radiação solar face à redução da camada de ozono estratosférico.

 

Como realizar uma fotoproteção adequada?
Deve ser diária mas com especial atenção no Verão.

 

Depende do fototipo cutâneo: quanto mais clara for a tonalidade da pele, mais elevado deve ser o Fator de Proteção Solar (FPS). O mínimo deve ser 30+. As pessoas ruivas, as loiras, com sardas, olhos claros também têm maior risco. Outros fatores de risco são o grande número de nevos melanocíticos, comuns e atípicos, o número de queimaduras solares ao longo da vida e a presença na história familiar de melanoma maligno.

 

Fotoprotetores cutâneos: Aplique na pele um protetor solar que proteja das radiações UVA e UVB (maior abrangência em relação ao espectro luminoso solar), aplique-o cerca de 30 minutos antes de se expor ao sol e renove a aplicação de 2 em 2 horas e após o banho, mesmo que o protetor seja à prova de água.

 

Outros métodos de proteção solar: Os óculos, o vestuário e o chapéu são um recurso complementar de fotoproteção.

 

Horas perigosas: Evite expor-se ao sol entre as 11 e as 16 horas seja no campo, cidade, praia ou piscina. Faça uma exposição progressiva ao sol, começando por período curtos nos primeiros dias. Estar à sombra, na praia, obriga também à aplicação de protetor solar, pois existe irradiação pela areia. Tenha em atenção o reflexo dos raios solares na neve (85%), na praia (20%), na água e na relva (5%). Quanto maior a altitude em relação ao nível do mar mais intensa é a radiação ultravioleta assim como em áreas geográficas de baixa latitude.

 

Qual é o vestuário que aumenta a proteção contra a radiação ultravioleta?
Têxteis com fibra apertada;
Vestuário seco (uma t-shirt molhada no corpo pode deixar passar os raios ultra-violeta);
Tecidos de cor escura;
Têxteis com fator de proteção ultravioleta (UPF>40);
Se estiver muito tempo exposto ao sol, por razões profissionais ou lúdicas, utilize manga comprida que cubra os antebraços;
Chapéus de aba larga (10 cm de aba).

 

Cuidados especiais com as crianças:
Evicção solar total antes dos 6 meses de idade; na infância, na escolha dos protetores solares, devem ser privilegiados os fotoprotetores físicos. Proteja-se mesmo em dias nublados. As nuvens são uma falsa segurança pela diminuição do calor mas deixam passar os raios ultravioleta. Uma queimadura solar na infância duplica o risco de mais tarde desenvolver um cancro de pele.

 

O uso de solários para bronzeamento aumenta o risco de cancro cutâneo e acelera o envelhecimento da pele. Outros produtos ditos “solares” (ativadores de bronzeamento ou autobronzeadores) aumentam a cor “bronzeada” como uma maquilhagem mas têm baixa capacidade fotoprotetora e podem causar alguma confusão nos consumidores e aumentar o risco de queimadura solar.

 

Quando referenciar ao Dermatologista?
Conheça a sua pele, faça um auto-exame da pele de 2 em 2 meses. Vigie o contorno, a cor e o tamanho dos seus nevos melanocítico aliada a uma vigilância periódica por um Dermatologista. No melanoma maligno 20% dos casos desenvolvem-se a partir de nevo melanocítico preexistente e 80% dos casos surgem na pele normal.
Um sinal que modifica, um sinal muito diferente do padrão habitual (o chamado “patinho feio”), uma ferida que não cicatriza, uma mancha pigmentada de cor não homogénea, de bordo irregular e de crescimento rápido, têm de ser sempre avaliados por um Dermatologista.