As roturas de menisco são das lesões mais frequentes do joelho, sendo a rotura de menisco a indicação mais comum para cirurgia do joelho.
Entre o fémur e a tíbia encontram-se os dois meniscos em forma de C. Compostos por fibrocartilagem elásticas e com a função de dar estabilidade e de otimizar a transmissão de força ao longo do joelho.
Os doentes apresentam dor localizada no lado interno ou externo do joelho, conforme o menisco lesado. Podem também apresentar sintomas mecânicos, como bloqueio ou “click” do joelho, associados ou não a derrame articular tardio ou intermitente.
A RMN é o exame mais sensitivo. O tratamento proposto está relacionado com a idade do doente, o nível da atividade do mesmo e com a lesão do menisco: o tipo, o tamanho e a localização da rotura. Sendo o terço externo do menisco vascularizado, o que que aumenta a capacidade de cicatrização do mesmo, pode assim ser suturado. Já os dois terços internos do menisco não apresentam vascularização e são chamada a zona branca do menisco, sem capacidade para cicatrização, logo são removidos cirurgicamente (meniscectomia parcial).
Em resumo, o tratamento divide-se assim em:
- Não cirúrgico: fisioterapia, analgésicos e descarga – indicada como 1ª linha de tratamento para as roturas degenerativas
- Cirúrgico:
- Meniscectomia parcial: roturas complexas, degenerativas, com padrão radial
- Sutura meniscal:
- Indicado para roturas periféricas na zona vermelha (região vascularizada)
- roturas verticais e longitudinais
- roturas menisco associadas a roturas do LCA agudo
- roturas da raiz do menisco (menisco integro, sem função mecânica )
- Transplante de menisco: indicado para doentes jovens, com meniscectomias totais ou quase totais, principalmente se situadas no menisco externo.