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Rotura de menisco

publicado em 28 Out. 2019

As roturas de menisco são das lesões mais frequentes do joelho, sendo a rotura de menisco a indicação mais comum para cirurgia do joelho.

 

Entre o fémur e a tíbia encontram-se os dois meniscos em forma de C. Compostos por fibrocartilagem elásticas e com a função de dar estabilidade e de otimizar a transmissão de força ao longo do joelho.

 

Os doentes apresentam dor localizada no lado interno ou externo do joelho, conforme o menisco lesado. Podem também apresentar sintomas mecânicos, como bloqueio ou “click” do joelho, associados ou não a derrame articular tardio ou intermitente.

 

A RMN é o exame mais sensitivo. O tratamento proposto está relacionado com a idade do doente, o nível da atividade do mesmo e com a lesão do menisco: o tipo, o tamanho e a localização da rotura. Sendo o terço externo do menisco vascularizado, o que que aumenta a capacidade de cicatrização do mesmo, pode assim ser suturado. Já os dois terços internos do menisco não apresentam vascularização e são chamada a zona branca do menisco, sem capacidade para cicatrização, logo são removidos cirurgicamente (meniscectomia parcial).

 

Em resumo, o tratamento divide-se assim em:

 

  • Não cirúrgico: fisioterapia, analgésicos e descarga – indicada como 1ª linha de tratamento para as roturas degenerativas
  • Cirúrgico:
    • Meniscectomia parcial: roturas complexas, degenerativas, com padrão radial
    • Sutura meniscal:
      • Indicado para roturas periféricas na zona vermelha (região vascularizada)
      • roturas verticais e longitudinais
      • roturas menisco associadas a roturas do LCA agudo
      • roturas da raiz do menisco (menisco integro, sem função mecânica )
    • Transplante de menisco: indicado para doentes jovens, com meniscectomias totais ou quase totais, principalmente se situadas no menisco externo.