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Vasectomia, o que precisa de saber e tem receio de perguntar

publicado em 13 Mai. 2018

O que é uma vasectomia? A vasectomia é um método de anticoncepção masculina que consiste na interrupção cirúrgica dos tubos (canal deferente) responsáveis pelo transporte dos espermatozoides do testículo para a uretra. É um procedimento bilateral, com duração de cerca de 30 minutos, realizado com anestesia local, locoregional ou geral, em regime de ambulatório. É efetuado através de dois pequenos cortes ao nível escrotal que permitem o isolamento, cauterização, corte e laqueação do canal deferente. Trata-se de um método seguro, com baixa taxa de complicações, com rápida recuperação e que permite retorno precoce às atividades diárias.

 

Quais os objetivos da cirurgia? Os objetivos do procedimento cirúrgico são provocar uma infertilidade masculina permanente. Contudo, é preciso ter atenção que a esterilização não é imediata nem infalível.

 

Quais as indicações para a realização de uma vasectomia? De um modo geral qualquer homem que não pretenda ter filhos pode tomar esta decisão de forma esclarecida e submeter-se a uma vasectomia. As contraindicações relativas são a idade jovem do homem, ausência de filhos, ausência de relacionamento afetivo atual e/ou estável e dor escrotal. Lembre-se que a escolha do método anticoncetivo deve ser partilhada dentro do casal.

 

O que devo saber sobre uma vasectomia? A vasectomia não produz infertilidade imediata. São necessárias 20/30 ejaculações para “eliminar” os espermatozoides que ainda estão viáveis no restante trajeto seminal. Tem de ser confirmada a inexistência de espermatozoides com espermograma a realizar alguns meses após o procedimento (e durante este período deve manter outro método anticoncecional). Embora seja um dos métodos anticoncecionais mais eficazes, não é infalível (risco de falência até 0,05%) e pode ser necessária nova intervenção cirúrgica. Não há procedimentos médicos e/ou cirúrgicos sem riscos, contudo as complicações após uma vasectomia são raras. Nos primeiros dias de pós-operatório pode ocorrer dor, edema e equimose locais. Alguma “tensão e sensibilidade” testicular também é comum e pode persistir algum tempo, recomendando-se evitar ejaculações nos primeiros 7/10 dias e aplicação de gelo. O hematoma escrotal com aumento significativo do volume e a infeção com necessidade de reavaliação médica podem ocorrer muito raramente. Existe risco de dor escrotal prolongada com afetação da qualidade de vida (muito raro) por epididimite congestiva ou granuloma espermático. A vasectomia não está associada a risco disfunção sexual.

 

E se me arrepender e quiser ter novo filho? A reversão da vasectomia com ou sem recurso a técnicas de reprodução médica assistida, embora possíveis, não oferecem sucesso garantido, pelo que a vasectomia deve ser considerada um método definitivo. A vasectomia é uma alternativa no planeamento familiar do casal que já não pretende ter mais filhos e permite “libertar” a mulher da responsabilidade da anticoncepção. Contudo, deve ser uma decisão ponderada e esclarecida. Em caso de dúvida, contacte o seu urologista assistente.

 

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