A sessão de abertura do II Congresso de Medicina Geral e Familiar da rede Trofa Saúde, realizada ontem, marcou um momento de balanço e projeção sobre o futuro dos cuidados de saúde de proximidade, numa era de desafios demográficos, sociais e tecnológicos.
No seu discurso inaugural, o Dr. Bruno Gomes, CEO do Grupo Trofa Saúde, recordou que, há precisamente um ano, partilhou a visão estratégica para a rede. Este ano, os participantes puderam assistir, em vídeo, aos testemunhos dos próprios médicos sobre as mudanças concretas implementadas:
“Quem melhor do que os nossos médicos para vos explicar o que temos vindo a construir”, destacou.
Entre os marcos destacados, salienta-se o crescimento do projeto Médico de Família Trofa Saúde, com mais de 19 mil inscritos, e a consolidação de um ecossistema clínico digital, centrado na proximidade, agilidade e continuidade dos cuidados. Um exemplo disso é a app TrofaSaúde24, apresentada como um verdadeiro assistente digital de saúde, que permite ao cliente aceder, de forma integrada, à sua equipa de cuidados, ao seu médico de família e a funcionalidades como marcações, alertas, resultados de exames e histórico clínico.
“A transformação digital, a medicina e o estilo de vida são hoje eixos estratégicos. Estamos a dotar as nossas unidades com uma visão holística da pessoa, para que possa manter a sua qualidade de vida”, afirmou o Dr. José Vila Nova, Chief Medical Officer e Vice-Presidente do Grupo Trofa Saúde.
“Enquanto médico de família e cofundador deste projeto, vejo com clareza o papel estruturante da Medicina Geral e Familiar na gestão do ciclo de vida e das necessidades em cada fase.”
A força desta especialidade foi também reforçada pelo Prof. Doutor Paulo Santos, Médico especialista em Medicina Geral e Familiar e Presidente desta edição do Congresso:
“Temos uma população envelhecida, que espera mais de nós do que competência técnica — espera cuidado, continuidade e compreensão. A força da nossa especialidade está também na comunidade que somos.”
Já a Dr.ª Deolinda Chaves Beça, em representação do Colégio da Especialidade de Medicina Geral e Familiar da Ordem dos Médicos, sublinhou a necessidade de políticas robustas e centradas nas pessoas:
“Vivemos mais, mas vivemos mal. É tempo de transformar os anos de vida em anos de saúde. Projetemos um futuro mais esperançoso para a saúde do nosso país.”
O Congresso prossegue hoje com um programa científico dedicado à valorização da prática clínica, à inovação em saúde e ao papel estratégico da Medicina Geral e Familiar no sistema de saúde português.