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Presbiopia ou vista cansada tem solução?

publicado em 11 Mar. 2018

A focagem das imagens na retina faz-se por ação de duas lentes naturais, a córnea (lente externa, situada no polo anterior do globo) e o cristalino, lente interna situada por detrás da íris. Um desajuste da potência destas duas lentes relativamente ao comprimento do globo ocular resulta em imagens desfocadas e em visão deficiente.

 

São de três tipos os defeitos refrativos: a miopia (má visão para longe, mas boa visão para perto), a hipermetropia (pior visão de perto que de longe, na maioria olhos pequenos; a grande maioria das crianças é normalmente hipermétrope, mas vê bem para perto e para longe, porque tem uma acomodação excelente) e o astigmatismo (visão de longe, mas também de perto, desfocadas). O astigmatismo resulta do facto de as lentes (córnea e/ou cristalino) não serem completamente simétricas, ou mesmo regulares, daí resultando focagens diferentes nos meridianos vertical e horizontal. Há que distinguir as lentes “de descanso”, que mais não são do que lentes que corrigem pequenos astigmatismos, proporcionando assim maior conforto em tarefas visuais prolongadas, como visualização de ecrãs de computador, das lentes ou óculos que se destinam à correção da Presbiopia, ou “vista cansada”

 

A Presbiopia, que se traduz por dificuldade ou fadiga na visão de perto, não é propriamente um defeito refrativo, mas uma condição inerente à idade (surge depois dos 45 a 50 anos) e resulta da perda de flexibilidade das proteínas do cristalino, ou cristalinas, que se tornam progressivamente mais rígidas, impedindo assim a alteração da forma desta lente. Por exemplo, quando alguém fixa um alvo a 5 metros, o cristalino está em repouso e é uma lente relativamente plana; mas quando se fixa um objeto a 30 cm, esta lente natural torna-se mais curva, globosa, permitindo assim a focagem desse objeto próximo. À alteração da forma do cristalino, entre a visão de um objeto ao longe e a visão de um objeto próximo, dá-se o nome de Acomodação.

 

A Presbiopia pode ser corrigida com óculos de perto, ou no caso das pessoas que também não vejam bem ao longe, ou cujas atividades tornem pouco prático o pôr e tirar óculos, por lentes progressivas. Também existem lentes de contacto para presbíopes (multifocais).

 

No entanto, a solução atual e inovadora na correção da Presbiopia é cirúrgica e intitula-se Lentes Intraoculares Difrativas. Como a causa da Presbiopia é o cristalino, a solução desta passa pela substituição desta lente natural por uma lente artificial. O mecanismo de focagem destas lentes assenta nas suas óticas difrativas, que proporcionam a criação de vários focos, no caso das lentes trifocais, um foco de perto (40cm: leitura); um foco intermédio (70cm: computador) e um foco de longe (1 metro ou mais). Obtêm-se assim boas acuidades visuais para todas as distâncias, com uma independência em relação ao uso de óculos numa percentagem elevada de indivíduos, porque estas lentes são rigorosamente calculadas e implantadas por uma equipa diferenciada, por forma a corrigirem em cada cliente, não só a presbiopia, como também qualquer defeito refrativo (hipermetropia, astigmatismo, miopia) previamente existente.

 

Quem é bom candidato para esta cirurgia? Em primeiro lugar quem deseje tornar-se independente de óculos. Em segundo, quem tenha também alguma dificuldade na visão de longe, quer por ter um defeito refrativo (hipermetropia, astigmatismo, menos miopia), quer uma catarata em início. Em terceiro, quem não tenha doença ocular, como glaucoma, diabetes ocular ou doença da retina. Por último, quem aceite como contrapartida para a independência dos óculos alguns fenómenos óticos, como observação de halos à noite à volta das luzes (habitualmente bem tolerados e diminuindo com o tempo) e alguma diminuição na definição das imagens.

 

O Trofa Saúde Hospital dispõe de uma equipa de profissionais altamente especializada na patologia da presbiopia. Para um melhor acompanhamento e tratamento, marque a sua consulta e tire as suas dúvidas com os nossos especialistas.