Ter filhos e constituir família faz parte dos planos de muitas mulheres e casais. Quando o desejo não se concretiza, uma sensação de incapacidade recai sobre a mulher e/ou homem. Querem-se respostas e procuram-se “culpados”, tenta-se lidar com a frustração de cada mês de insucesso.
É importante lembrar que não está(ão) sozinhas(os)!
A infertilidade é considerada uma doença do século XXI, definida pela incapacidade de conceber após 12 meses de relações sexuais frequentes e desprotegidas. Afeta cada vez mais casais – dados recentes indicam que 1 em cada 6 casais em idade reprodutiva têm dificuldade em alcançar a gravidez.
Dado o declínio da fertilidade com o avançar da idade, em mulheres com idade superior a 35 anos, a ajuda médica deve ser procurada após 6 meses de tentativas sem sucesso.
Nas últimas décadas as tecnologias de Procriação Medicamente Assistida (PMA) têm vindo a evoluir e, desde 1997, já permitiram o nascimento de mais de 8 milhões de crianças em todo o mundo. De facto, a cada ano, mais de meio milhão de crianças nascem por meio de métodos de reprodução assistida. Em Portugal, cerca de 3% das crianças nascidas nos últimos anos são resultado de técnicas de PMA.
A infertilidade não tem “culpa”. É certo que alguns hábitos de vida (hábitos tabágicos, alimentação, excesso de peso, stress, entre outros) podem comprometer a fertilidade e, quando corrigidos, poderão ser a solução. Porém, a maioria dos casos de infertilidade devem-se a fatores não modificáveis.
A idade avançada da mulher (mais de 35 anos) é dos principais fatores que contribuem para um crescente aumento da infertilidade, visto que a mulher moderna procura estabilidade pessoal, profissional e financeira, antes de avançar para um projeto de maternidade.
É importante alertar para a abrupta diminuição do potencial reprodutivo com a idade, mais marcada na mulher. Outros problemas de saúde associados à (in)fertilidade, tanto na mulher como no homem, poderão impedir ou dificultar a gravidez. Assim, é importante uma correta avaliação da mulher ou casal, para que, quando possível, ser aplicada a técnica de PMA adequada a cada caso.
Atualmente, a infertilidade ainda é um tabu para muitas pessoas, assim como as técnicas de PMA ainda são encaradas com alguma relutância e desconfiança. Uma gravidez ou uma criança não é “menos verdadeira” por ser resultado de técnicas PMA.
Estas permitem contornar a incapacidade de atingir a gravidez, facilitando o “encontro” dos gâmetas (o ovócito e o espermatozoide) e a formação do embrião. Apesar de ser uma intervenção externa, nada tem de “artificial”, visto o embrião e o bebé serem resultado de células reprodutoras “naturais”.
A infertilidade e a necessidade de ajuda médica para alcançar a gravidez deverão ser assuntos abordados com naturalidade. Se tem desejo de ser mãe/pai, saiba que a equipa de PMA do Trofa Saúde COGE está disponível para ajudar. Teremos todo o gosto em ajudar a realizar o seu sonho!