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Pólipos da Vesícula

publicado em 01 Mar. 2020

A vesícula biliar é um órgão abdominal em íntima relação com o fígado que armazena o líquido por ele produzido, a bílis, responsável pela facilitação da digestão e absorção de gorduras. Os pólipos vesiculares consistem numa elevação (projeção/saliência) interna da parede da vesícula biliar. Estima-se que estejam presentes em 5% da população global.

 

De todos os pólipos da vesícula, apenas cerca de 5% são verdadeiros pólipos. A grande maioria são pseudopólipos, formados por colesterol, inflamações localizadas, entre outras causas, sem risco de malignidade e portanto sem necessidade de qualquer tratamento ou vigilância. Pelo contrário, os verdadeiros pólipos, tal como acontece no estômago ou no cólon, representam adenomas ou adenocarcinomas, isto é, tumores com potencial de malignidade, estando por isso indicado o seu tratamento.

 

Os exames de imagem têm um papel fundamental no diagnóstico e caracterização dos pólipos vesiculares, de forma a tentar diferenciar verdadeiros de pseudopólipos, de lama biliar ou de cálculos. O principal exame para o seu diagnóstico e vigilância é a ecografia abdominal. Outros exames como a ressonância magnética ou a ecoendoscopia poderão ser mais específicos, mas raramente estão indicados por terem maior potencial de complicações e serem mais dispendiosos.

 

O tratamento definitivo indicado para os pólipos da vesícula biliar é a colecistectomia, ou seja, cirurgia de remoção da vesícula, geralmente realizada por laparoscopia.

 

Para decidir quais doentes devem ser operados é importante avaliar a existência de sintomatologia atribuível à vesícula biliar e outros fatores associados a um maior risco de malignidade, sendo o tamanho do pólipo o principal. Existe consenso internacional que pólipos com mais de 10mm têm indicação para cirurgia. No entanto, vários estudos têm revelado que pólipos a partir de 6mm têm uma probabilidade aumentada de apresentar malignidade, sobretudo se estiverem associados a outros fatores de risco como morfologia séssil, presença de pólipo único, etnia indiana ou apresentem crescimento igual ou superior a 2 mm entre 2 ecografias de controlo, pelo que a sua remoção deverá ser considerada.

 

Nos pólipos entre 4 e 10 mm em que se opte pela vigilância, esta deve ser feita com ecografia, inicialmente cada 6 meses a 1 ano e posteriormente em períodos mais espaçados, se houver estabilidade do tamanho e restantes características.

 

Perante o diagnóstico de pólipo da vesícula biliar, a correta avaliação por um Cirurgião Geral experiente em patologia da vesícula biliar é determinante para a estratificação do risco e estabelecimento de um plano terapêutico ou de vigilância, apropriado para cada caso.

 

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