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A importância da urologia na saúde masculina

publicado em 23 Set. 2021

O cancro da próstata é a segunda neoplasia mais frequente no homem, tendo uma relação direta com a idade. No entanto, quando diagnosticado precocemente, permite à maioria dos homens serem tratados com intenção curativa.

 

Pela sua frequência, está indicado o rastreio do cancro de próstata, assentando no toque retal e na medição sérica de PSA, em homens com idade igual ou superior a 50 anos, ou 45 anos, no caso de homens de raça negra ou com história familiar de cancro de próstata.

 

De salientar que, quando diagnosticado atempadamente, a maioria dos cancros de próstata podem ser curados, quer com cirurgia, radioterapia e/ou medicação hormonal.

 

Uma outra patologia bastante frequente, também em relação com a idade, é a Hiperplasia Benigna Prostática (HBP). Com o avançar da idade, a próstata tende a aumentar de volume, até que, eventualmente, se torna sintomática. Inicialmente, a clínica carateriza-se pela necessidade de urinar mais vezes, despertar à noite para urinar e diminuição da força e calibre do jato urinário. Com a progressão da doença, torna-se cada vez mais difícil urinar, podendo mesmo originar retenção urinária, impedindo a saída da urina, o que constitui uma urgência urológica com necessidade de derivação/drenagem urinária.

 

Como a doença tem um curso insidioso, os doentes não têm a perceção de “urinar mal”, podendo apresentar-se com doença avançada, caraterizada pela falência da bexiga, que se torna hipertrofiada e perde a capacidade contrátil, podendo levar, nos casos extremos, à insuficiência renal. Mais uma vez, o diagnóstico atempado permite impedir a progressão da doença e instituir terapêuticas adequadas a cada caso, que podem passar por tratamento médico ou cirúrgico, existindo atualmente abordagens minimamente invasivas, através da uretra, com recurso a diatermia, laser, vapor de água, entre outros, associados a resultados satisfatórios.

 

A disfunção erétil é uma doença, marcadamente prevalente, que afeta mais de metade dos homens entre os 40-70 anos de idade. Embora a sua causa possa ser multifatorial, está diretamente relacionada com os fatores de risco de doenças cardiovasculares, tais como obesidade, hipertensão arterial, colesterol elevado, tabagismo, entre outros. A disfunção erétil pode mesmo ser um marcador de doenças cardiovasculares, motivando por isso uma avaliação cardiológica. No entanto, dispomos atualmente de um vasto e seguro armamentário terapêutico, pelo que os doentes não devem deixar de procurar aconselhamento médico.

 

O urologista desempenha cada vez mais um papel semelhante ao do ginecologista para a mulher, permitindo ao homem investir na sua qualidade de vida através de uma intervenção oportuna.