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AVC: fatores de risco e prevenção

publicado em 28 Nov. 2018

O AVC, acidente vascular cerebral, caracteriza-se por uma perda rápida da função neurológica, causada por uma interrupção da circulação sanguínea cerebral. O fornecimento de sangue, e consequentemente de oxigénio e nutrientes ao cérebro, pode ser interrompido pela obstrução de um vaso, a conhecida “trombose”, que corresponde ao AVC isquémico; ou por rutura do vaso e “derrame”, o AVC hemorrágico. Em ambas as situações, a consequência final é a “morte” das células nervosas e perda da sua função.

 

Em Portugal, o AVC é a principal causa de morte e de morbilidade, ou seja, de incapacidade permanente. Segundo a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, a cada hora, três portugueses sofrem um AVC, sendo que um não sobrevive. Ao fim de um ano, 41% dos sobreviventes estão dependentes.

 

Os AVC isquémicos são os mais frequentes, constituindo cerca de 85% do total e os hemorrágicos os restantes 15%.

 

As pessoas mais suscetíveis são as que apresentam mais fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, excesso de peso e tabagismo. Mas, para o AVC contribuem igualmente o consumo excessivo de álcool, o sedentarismo, a idade avançada, o sexo masculino, as arritmias cardíacas e determinadas doenças genéticas. A incidência aumenta após os 55anos e, até aos 75 anos, é mais frequente em homens.

 

Os sintomas do AVC dependem da área do cérebro que é afetada, da sua localização e extensão. O nosso cérebro é composto por dois hemisférios, que controlam os lados opostos do nosso corpo. Por esse motivo, quando há um AVC, habitualmente os sintomas são unilaterais. Mas há sinais de alerta que podem ajudar a identificar esta situação, como a instalação súbita de (3 F’s):
• Assimetria da Face, que se identifica pedindo à pessoa que sorria;
• Diminuição da Força, incapacidade de levantar um dos braços;
• Alteração da Fala, levando a que a pessoa não se consiga exprimir normalmente.

 

Noutros casos pode ainda haver alteração da visão, dor de cabeça intensa ou até desmaio e coma.

 

O tratamento primordial do AVC é obviamente a prevenção, com estilo de vida saudável e controlo dos fatores de risco. Contudo, após a instalação, o fundamental é a sua rápida identificação e envio para um Serviço de Urgência capacitado para o diagnóstico e tratamento de fase aguda. Atualmente, existem tratamentos que, quando realizados atempadamente, nas primeiras horas após a instalação do AVC, podem desobstruir o vaso afetado e repor a normal circulação cerebral, reduzindo ou evitando o dano permanente e consequentes sequelas físicas. Quanto mais cedo o doente chegar ao hospital e for administrada a terapêutica, menor será a taxa de mortalidade e o risco de incapacidade.

 

No caso do AVC hemorrágico, o tratamento passa, em alguns casos, pela necessidade de cirurgia para drenagem da hemorragia.

 

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Fontes:
SPAVC – Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral