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Cancro da próstata: porquê considerar a braquiterapia?

publicado em 23 Jul. 2020

O que é a braquiterapia prostática?

O que é a braquiterapia prostática?
A braquiterapia é uma opção de tratamento do cancro da próstata localizado, com fim curativo, que consiste no implante permanente ou temporário de “sementes radioativas” na próstata, assegurando assim que a radiação necessária para o controlo da doença seja aplicada apenas no local exato onde é necessária.

 

Que tipos de braquiterapia existem?
Existe a braquiterapia de baixa dose e a de alta dose, sendo que a última pode ser utilizada em cancros da próstata com maior agressividade. Este artigo refere-se globalmente à braquiterapia de baixa dose.

 

A braquiterapia de baixa dose é uma alternativa às terapêuticas clássicas?
Sim, a par da prostatectomia radical (cirurgia de excisão completa da próstata) ou da radioterapia externa com ou sem hormonoterapia adjuvante.

 

Em que casos pode ser utilizada a braquiterapia de baixa dose?
É uma opção em doentes com cancro muito localizado, com pequenas áreas de atingimento do órgão, valores de PSA (marcador de cancro da próstata) inferiores a 10 ng/ml, volumes prostáticos relativamente pequenos e em doentes com pouca sintomatologia urinária de base. A não presença de alguns destes critérios não contraindica o tratamento, podendo a sua utilização ser discutida em contexto individual.

 

Como é efetuado o tratamento por braquiterapia?
A implantação das sementes é realizada sob anestesia geral ou regional, demorando cerca de 1 hora, com controlo ecográfico transretal e através de agulhas aplicadas por via transperineal.

 

O que esperar no pós-operatório?
Após algumas horas é retirada a sonda vesical (algália), sendo habitualmente um procedimento bem tolerado e sem dor significativa. Envolve, normalmente, 1 dia de internamento, podendo ser também realizado em ambulatório, em alguns casos específicos. É normalmente possível retomar a atividade habitual 1 a 2 dias após o tratamento. Pode persistir algum sangue na urina (hematúria) durante alguns dias, assim como dificuldade de esvaziamento da bexiga que resolve espontaneamente na grande maioria dos casos.

 

Que cuidados são necessários após a alta?
Está recomendado evitar o contacto muito próximo com mulheres grávidas, ou potencialmente grávidas, assim como com crianças, por um período de 3 meses. Nas primeiras semanas após o procedimento deve ser usada proteção de barreira durante a relação sexual (por exemplo, o preservativo).

 

Qual a eficácia?
O principal indicador de controlo da doença, após o tratamento, é o PSA sérico, cuja elevação indicia persistência da doença. A taxa de controlo aos 5 anos situa-se entre os 70 e os 90% e aos 10 anos entre os 65 e os 85%. Nos casos de recidiva local, é possível considerar outras opções de tratamento curativo, nomeadamente, a cirurgia radical.

 

Quais as vantagens da braquiterapia?
Comparativamente às outras opções terapêuticas, a braquiterapia prostática apresenta níveis significativamente inferiores de complicações, nomeadamente, disfunção erétil e incontinência urinária, o que, aliado à sua excelente taxa de controlo oncológico faz deste procedimento uma excelente opção em doentes com cancro localizado.

Que tipos de braquiterapia existem?

Existe a braquiterapia de baixa dose e a de alta dose, sendo que a última pode ser utilizada em cancros da próstata com maior agressividade. Este artigo refere-se globalmente à braquiterapia de baixa dose.

A braquiterapia de baixa dose é uma alternativa às terapêuticas clássicas?

Sim, a par da prostatectomia radical (cirurgia de excisão completa da próstata) ou da radioterapia externa com ou sem hormonoterapia adjuvante.

Em que casos pode ser utilizada a braquiterapia de baixa dose?

É uma opção em doentes com cancro muito localizado, com pequenas áreas de atingimento do órgão, valores de PSA (marcador de cancro da próstata) inferiores a 10 ng/ml, volumes prostáticos relativamente pequenos e em doentes com pouca sintomatologia urinária de base. A não presença de alguns destes critérios não contraindica o tratamento, podendo a sua utilização ser discutida em contexto individual.

Como é efetuado o tratamento por braquiterapia?

A implantação das sementes é realizada sob anestesia geral ou regional, demorando cerca de 1 hora, com controlo ecográfico transretal e através de agulhas aplicadas por via transperineal.

O que esperar no pós-operatório?

Após algumas horas é retirada a sonda vesical (algália), sendo habitualmente um procedimento bem tolerado e sem dor significativa. Envolve, normalmente, 1 dia de internamento, podendo ser também realizado em ambulatório, em alguns casos específicos. É normalmente possível retomar a atividade habitual 1 a 2 dias após o tratamento. Pode persistir algum sangue na urina (hematúria) durante alguns dias, assim como dificuldade de esvaziamento da bexiga que resolve espontaneamente na grande maioria dos casos.

Que cuidados são necessários após a alta?

Está recomendado evitar o contacto muito próximo com mulheres grávidas, ou potencialmente grávidas, assim como com crianças, por um período de 3 meses. Nas primeiras semanas após o procedimento deve ser usada proteção de barreira durante a relação sexual (por exemplo, o preservativo).

Qual a eficácia?

O principal indicador de controlo da doença, após o tratamento, é o PSA sérico, cuja elevação indicia persistência da doença. A taxa de controlo aos 5 anos situa-se entre os 70 e os 90% e aos 10 anos entre os 65 e os 85%. Nos casos de recidiva local, é possível considerar outras opções de tratamento curativo, nomeadamente, a cirurgia radical.

Quais as vantagens da braquiterapia?

Comparativamente às outras opções terapêuticas, a braquiterapia prostática apresenta níveis significativamente inferiores de complicações, nomeadamente, disfunção erétil e incontinência urinária, o que, aliado à sua excelente taxa de controlo oncológico faz deste procedimento uma excelente opção em doentes com cancro localizado.