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Diabetes: qual o papel da insulina?

publicado em 05 Set. 2022

A diabetes é uma doença que se caracteriza pela insuficiente produção de insulina ou pela resistência à sua ação. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 10% dos adultos sofrem de diabetes em todo o mundo, estimando-se que afete cerca de 10-13% dos adultos em Portugal. Sendo uma doença com potencial para diminuir consideravelmente a qualidade de vida e a longevidade, é fundamental tratar adequadamente a diabetes de modo a prevenir o desenvolvimento de complicações.

A insulina é uma hormona produzida pelo pâncreas e é responsável por, entre outras coisas, regular os níveis de glicose no sangue e pelo armazenamento do excesso de glicose no fígado. Assim, a insulina é fundamental ao normal funcionamento do nosso organismo por permitir que as células utilizem a glicose que se encontra a circular no sangue.

Em doentes com diabetes, uma vez que existe falta de insulina ou resistência à sua ação, a glicose do sangue não pode ser mobilizada para dentro das células e, portanto, os níveis de glicemia (glicose sanguínea) sobem. Caso não sejam tratados de forma adequada, valores elevados de glicemia (hiperglicemia) levam ao desenvolvimento de várias complicações da diabetes, como a cegueira, lesão nervosa, lesão renal, doença cerebrovascular, impotência, entre outros.

 

O tratamento com insulina é uma parte importante do tratamento da diabetes. Aqui, importa distinguir dois grandes grupos de diabetes:

  • diabetes tipo 1, caracterizada pela diminuição/ausência de produção de insulina;
  • diabetes tipo 2, caracterizada, não só pelo défice de produção de insulina, como também pela resistência à sua ação.

 

Existem ainda outros tipos de diabetes, sendo estes mais raros. Em todos os tipos de diabetes, o tratamento com insulina pode ser utilizado. Nos casos de diabetes tipo 1, o tratamento com insulina é vital para substituir a insulina que não é produzida de forma natural pelo corpo.

 

Por vezes, em doentes com diabetes tipo 2 (ou noutros tipos de diabetes), é necessário o tratamento com insulina, estando habitualmente reservado para os casos em que os outros tratamentos (orais ou injetáveis) não são suficientes para manter os níveis de glicemia dentro dos valores desejados de modo a evitar o desenvolvimento de complicações.

 

Atualmente, com o desenvolvimento dos novos tipos de insulina, o risco de baixas de glicemia (hipoglicemia) e o desenvolvimento de áreas de lipodistrofia (“papos” na pele causados pelo uso de insulina) podem ser mais facilmente evitados. Aqui, torna-se importante a educação para a diabetes de modo a “desmistificar” o uso de insulina, sendo o endocrinologista o principal médico responsável pelo tratamento da diabetes.