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Distúrbios da Pigmentação: os efeitos na pele

publicado em 23 Jun. 2021

Existem dois tipos de  distúrbios da pigmentação: hipopigmentação (diminuição da quantidade de pigmento) ou hiperpigmentação (aumento da quantidade de pigmento). 

Os distúrbios da pigmentação cutânea são um motivo frequente de consulta de Dermatologia. Apesar de serem, geralmente, distúrbios benignos, podem, ocasionalmente, associar-se a doenças sistémicas. Como tal, uma avaliação rigorosa e especializada é de primordial importância no diagnóstico e tratamento destas condições. Salienta-se ainda o grande impacto cosmético e psicossocial associado aos distúrbios da pigmentação, quer pela sua extensão, quer pela sua localização em áreas facilmente visíveis.

 

Os melanócitos são células presentes na camada basal da epiderme. Estes são responsáveis pela produção do pigmento que determina a cor da pele e do cabelo – a melanina. Estes dependem ainda de outros fatores, como o tom de pele ou fotótipo cutâneo, da exposição à radiação ultravioleta, que estimula a produção de melanina como mecanismo de proteção celular, e ainda de fatores hormonais, como a gravidez.

 

Estes distúrbios podem ser de dois tipos: hipopigmentação (diminuição da quantidade de pigmento) ou hiperpigmentação (aumento da quantidade de pigmento).

 

Os distúrbios de hipopigmentação podem limitar-se a uma pequena área da pele – como na pitiríase alba ou na pitiríase versicolor – ou ocorrer de forma disseminada – como no albinismo ou no vitiligo. Por um lado, quando a hipopigmentação é secundária a uma causa inflamatória, esta poderá resolver espontaneamente em semanas a meses, se o tratamento correto for instituído. Por outro lado, o tratamento de distúrbios generalizados como o vitiligo é frequentemente insatisfatório, focando-se essencialmente no atraso na progressão da doença. A proteção solar é de extrema importância nestes casos, pelo risco aumentado de queimaduras solares.

 

Os distúrbios de hiperpigmentação que ocorrem de forma generalizada podem ser manifestações de doenças sistémicas, como a doença de Addison ou a hemocromatose, ou serem secundários a certos fármacos. Os distúrbios de hiperpigmentação localizados mais frequentes são as efélides (ou sardas), os nevos melanocíticos (vulgo, sinais), os lentigos solares, a hiperpigmentação pós-inflamatória, as manchas café-com-leite ou o melasma. No que diz respeito ao tratamento, a aplicação diária de um protetor solar de largo espetro é essencial para atrasar a hiperpigmentação resultante da exposição contínua à radiação ultravioleta. Outros agentes, como a hidroquinona, o ácido retinóico, kójico ou azelaico podem ser eficazes. Procedimentos como os peelings químicos ou o recurso a laserterapia podem também ser úteis.

 

Para uma avaliação cuidada e correta orientação clínica, consulte o seu dermatologista.