Falamos de lombalgia quando estamos perante uma dor desconfortável e incapacitante que, sem sabermos explicar muito bem, surgiu de um dia para o outro e nos impossibilita de estar sentados, ou de pé ou mesmo de conduzir.
Esta “dor nas costas”, acomete a maioria da população e por interferir e prejudicar diretamente o dia-à-dia dos doentes, motiva a ida ao Médico Ortopedista.
Arriscamo-nos a dizer que, todos nós, pelo menos uma vez na vida, sofremos de lombalgia.
Nos últimos anos, verificou-se um aumento significativo do número de pessoas com queixas neste sentido e as razões são diversas.
Podemos identificar como uma das principais causas a componente genética de cada um mas, o estilo de vida sedentário – cada vez mais frequente nos nossos dias -, as profissões que exigem esforço físico diário e a consequente má preparação muscular levam também a uma superior probabilidade de desenvolver queixas semelhantes.
Habitualmente, as queixas surgem após um esforço súbito a fazer desporto, por exemplo, ou após levantar um objeto pesado. Podem iniciar-se com um ligeiro desconforto que vai aumentando, gradualmente, ao longo de dias e que culmina numa dor profunda e incapacitante.
Felizmente, na maior parte destes casos, de dor puramente mecânica, o episódio é limitado no tempo e há uma melhoria ao fim de algumas semanas.
No entanto, caso esta dor não resolva, existem tratamentos eficazes para alívio da mesma, pelo que, caso a caso, será estudado e proposto o melhor tratamento com vista a abolição da dor do doente e consequente melhoria do seu estilo de vida.
Contrariamente, existem outras situações díspares da lombalgia que, por serem mais graves e não “passageiras”, deverão ser identificadas. Aprenda os sinais de alarme que referenciamos de seguida.
Por exemplo, no caso de quedas em altura, acidentes de viação ou uma agressão violenta, em que o doente apresente outros sinais de alarme, como perda dos esfíncteres da bexiga e ânus, “adormecimento” na região perineal, sensação de “fraqueza” das pernas, febre ou dor quando tosse ou urina, o contexto é diferente da “simples” lombalgia e deverá recorrer ao serviço de urgência.
Outra situação é o caso da rotura de um disco ou uma hérnia discal que causa uma dor lombar chamada “ciática” – por compressão de raízes nervosas que compõem este nervo, apesar de existir esse desconforto lombar, os sintomas serão a sensação de formigueiro ou a falta de sensibilidade na parte posterior de uma ou ambas as pernas. Em conjunto, poderá ainda haver sensação de perda de controlo dos membros inferiores e alterações dos reflexos.
Por último, existem ainda as queixas de longo prazo, ou ditas “crónicas”, como a estenose lombar, na qual há um aperto do espaço por onde passam os nervos para os membros inferiores, ou a espondilolistese, onde as alterações degenerativas cumulativas levam a um desvio de uma vértebra sobre a outra, podendo esta instabilidade levar a queixas dos nervos que passam na sua proximidade.
Como se concluiu, da lombalgia distinguem-se e podem-se confundir inúmeras situações e todos os casos deverão ser cuidadosamente analisados.
“Cada caso é um caso” e nenhum poderá ser desvalorizado, sendo que deverá sempre recorrer ao seu médico de confiança para que seja estudada a patologia em questão e para que se sinta sempre melhor esclarecido e, obviamente, para que, em tempo útil, possa ser proposta a melhor forma de tratamento, quer seja ele médico ou cirúrgico. Caso apresente queixas similares às descritas, não hesite em contactar os nossos Ortopedistas especializados em Coluna, em qualquer uma das unidades do Trofa Saúde Hospital.