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Fisiatria – a diferenciação

publicado em 19 Fev. 2018

De uma forma simples pode dizer-se que a Fisiatria/Medicina Física e de Reabilitação lida com a avaliação e o tratamento do doente cuja capacidade funcional esteja limitada. Como exemplos de patologias em que o fisiatra intervém pode referir-se o AVC, a paralisia cerebral, a lesão medular, o doente amputado, com patologia cardíaca ou respiratória, e o doente com patologia músculo-esquelética, entre muitas outras.

 

No estabelecimento de programas terapêuticos, para além da cinesiterapia, da eletroterapia, da aplicação de laser ou de ondas de choque, pode recorrer-se a técnicas infiltrativas como a mesoterapia, as infiltrações com corticoides, com ácido hialurónico ou com toxina botulínica (muito comum no tratamento de sequelas de doenças neurológicas).

 

Sendo uma especialidade com tão vasto campo de intervenção, desde há muito existe diferenciação. Como exemplos, existem fisiatras diferenciados em reabilitação pediátrica, neurológica, cardíaca, respiratória, lesões medulares e especialistas em medicina desportiva.

 

A patologia músculo-esquelética é também uma área de diferenciação dentro da fisiatria. Sendo, no entanto, uma área tão vasta, e tendo em conta a subespecialização da Ortopedia por área anatómica (coluna, ombro, punho/mão, pé/tornozelo, anca e joelho), fará também sentido a especialização do fisiatra, para que existam equipas multidisciplinares, formadas pelo ortopedista, pelo fisiatra e pelo fisioterapeuta.

 

Quando não existe indicação para cirurgia, o fisiatra deve estabelecer e fazer o acompanhamento de um programa individualizado, de acordo com o diagnóstico e com a resposta ao tratamento (ajustes terapêuticos podem ser necessários).

 

Quando o tratamento é cirúrgico a intervenção deverá, preferencialmente, ter início no pré-operatório e ser estabelecida em estreita cooperação com o cirurgião ortopédico especializado na articulação em causa.

 

Os avanços científicos e tecnológicos no diagnóstico e tratamento da patologia ortopédica trazem assim, ao fisiatra, a necessidade de uma maior diferenciação.

 

Tomando como exemplo o ombro, a evolução na cirurgia artroscópica deve, necessariamente, ser acompanhada por um programa de reabilitação devidamente estruturado por etapas e com acompanhamento individualizado, em estreita colaboração com o ortopedista.

 

Apesar do fisiatra avaliar o doente como um todo (por exemplo, uma escoliose com alteração da posição da omoplata, pode ter consequências na articulação do ombro), a diferenciação por articulação é importante para proporcionar o melhor tratamento, tendo em vista a completa recuperação.

 

No Trofa Saúde Hospital, existem equipas multidisciplinares e diferenciadas, que têm por objetivo estabelecer programas de reabilitação individualizados que permitam o rápido retorno do doente a uma vida normal e sem limitações.