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Nódulos na garganta: o que poderá ser?

publicado em 08 Out. 2022

Os nódulos na tiroide são muito frequentes, particularmente no sexo feminino, estimando-se que aos 60 anos de idade cerca de 50% da população terá nódulos na tiroide detetáveis em ecografia. Contudo, apenas 5 a 10% são malignos.

A tiroide é uma glândula em forma de borboleta que se localiza na região anterior e inferior do pescoço, podendo sofrer um aumento das suas dimensões (bócio), o que faz com que surjam, frequentemente, estruturas arredondadas que designamos como nódulos tiroideus. Estes podem ser únicos ou múltiplos e de conteúdo sólido, cístico/líquido ou misto. Relativamente à sua natureza, podem ser benignos ou malignos.

Sabe-se que os nódulos na tiroide são mais frequentes nas seguintes circunstâncias: história familiar de nódulos, deficiência de iodo, idade avançada ou sexo feminino.

Habitualmente, os nódulos da tiroide não alteram a produção das hormonas tiroideias. Contudo, por vezes, produzem autonomamente hormona tiroideia em quantidade aumentada, podendo resultar em hipertiroidismo, sendo designados como nódulos tóxicos.

A maioria dos nódulos na tiroide são assintomáticos e diagnosticados “acidentalmente” durante a realização de exames de rotina ou na sequência da investigação de outra doença. Raramente, quando volumosos, podem causar compressão das estruturas vizinhas e provocar dificuldade em engolir ou respirar. Apenas causam dor quando aumentam subitamente de tamanho devido a sangramento no seu interior.

A ecografia à tiroide tem um papel fundamental na avaliação dos nódulos na tiroide, sendo importante na sua localização, definição do tamanho e suas características. Permite avaliar o risco de malignidade e definir quais os nódulos que devem ser sujeitos a biópsia.

Por último, a maioria dos nódulos na tiroide são benignos, pelo que frequentemente está apenas indicada vigilância periódica através de ecografia à tiroide.

A cirurgia, que consiste na remoção parcial ou total da tiroide, está recomendada em algumas situações:

  1. nódulos malignos ou suspeitos de malignidade na biópsia;
  2. nódulos muito volumosos que causem desconforto, ou por motivos estéticos;
  3. nódulos tóxicos, como alternativa ao tratamento com iodo radioativo.

O tratamento com levotiroxina em doentes com função tiroideia normal não está atualmente indicado.