A doença pilonidal é uma doença inflamatória crónica da pele e tecido celular subcutâneo que acomete sobretudo a região sacrococcígea, atinge preferencialmente adolescentes e adultos jovens e com clara predominância do sexo masculino.
Apesar das várias teorias descritas a mais estabelecida, atualmente, como fator causal é a “inclusão” e crescimento de pêlos para o interior da pele na região entre as nádegas, que juntamente com restos celulares, glândulas sebáceas e sudoríparas levam a uma reação inflamatório de tipo “corpo estranho” nessa região. A obesidade, diabetes e tabagismo, assim como atividades laborais ou desportos que envolvam posição sentada prolongada, são alguns dos fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
A doença pode manifestar-se de forma aguda com infeção ou abcesso, o que normalmente origina dor, tumefação e rubor na região internadegueira, mas também pode apresentar-se sob a forma crónica como por exemplo com pequenos orifícios entre as nádegas, exsudados de sangue ou pús e cheiro incómodo ou simplesmente com uma pequena nodularidade indolor na mesma região.
Na forma aguda o quisto sacrococcígeo ou cisto pilonidal (quisto no cóccix) briga a uma avaliação médica urgente, muitas vezes com necessidade de drenagem de abcesso já presente.
O Tratamento definitivo da doença pilonidal passa por uma intervenção cirúrgica, tradicionalmente uma excisão em bloco da região envolvida com encerramento primário. A resseção em bloco deixando a ferida em “aberto” para encerramento secundário, bem com as técnicas de retalhos e encerramentos fora da linha média foram desenvolvidas para diminuir as taxas de recidiva elevadas, mas têm como principal contrapartida uma elevada morbilidade com desconforto associado e um longo tempo de recuperação e cicatrização total, muitas vezes com necessidade de cuidados de penso prolongados.
Atualmente existe uma franca evolução das técnicas minimamente invasivas, consideradas hoje como o tratamento ideal dada a sua incomparável menor morbilidade e menor tempo de recuperação para a vida ativa e profissional, mantendo taxas de eficácia e recidiva não inferiores às técnicas convencionais, mesmo em formas de doença complexa. A cirurgia a Laser do cisto pilonidal é disso bom exemplo, sendo normalmente possível a sua realização em regime de ambulatório, habitualmente sem dor, com um tempo de recuperação à vida ativa de poucos dias e sem necessidade de cuidados de penso ou outros cuidados pós-operatórios específicos.
A epilação a Laser local é também um contributo fundamental no tratamento desta doença e com comprovado benefício na diminuição das recidivas após tratamento cirúrgico, pelo que um plano de sessões deverá fazer parte da estratégia de tratamento global.
