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Otoplastia: Cirurgia que permite a correção das orelhas

publicado em 29 Mar. 2023

A otoplastia é o procedimento cirúrgico de alteração da morfologia e posição do pavilhão auricular, de modo a corrigir a deformidade das orelhas descoladas.

 

As orelhas aladas, também conhecidas como orelhas de abano ou orelhas proeminentes, constituem uma condição congénita relativamente comum. Embora se trate de uma variação completamente benigna, as crianças ou adultos com orelhas aladas apresentam frequentemente problemas psicológicos, emocionais e/ou alterações comportamentais relacionados com esta deformidade.

 

A otoplastia permite:

  • Reposicionar a orelha, numa posição mais próxima da cabeça
  • Redefinir as pregas e sulcos normais da orelha, no caso de orelhas planas e sem definição morfológica
  • Reduzir o tamanho da orelha

Onde se localizam as cicatrizes da Otoplastia?

A cicatriz da otoplastia fica escondida atrás da orelha.

Qual o tipo de anestesia utilizada na Otoplastia?

A otoplastia pode ser realizada sob anestesia local, sedação ou anestesia geral. Na maioria das vezes a otoplastia é realizada sob anestesia geral, durante a qual o paciente dorme completamente.

Quanto tempo fico no hospital depois da cirurgia?

A cirurgia é habitualmente realizada em regime de ambulatório, ou seja, o paciente tem alta no mesmo dia, após várias horas de vigilância.

Como são os pensos depois da Otoplastia?

  • No final da cirurgia é realizado um penso com ligadura à volta da cabeça.
  • O penso cirúrgico com ligadura à volta da cabeça é removido ao fim de uma semana.
  • Nesta altura, é substituído por um penso mais minimalista que fica fixo e escondido por uma fita de cabelo.
  • Os pontos, localizados atrás da orelha, são removidos ao fim de 2 semanas.
  • Depois de remover os pontos, recomenda-se o uso da fita de cabelo, sobretudo à noite, por um período de mais 2 semanas.

Quais são os riscos da cirurgia?

Todos os procedimentos cirúrgicos têm um risco associado e é importante que tenha conhecimento dos que estão envolvidos na otoplastia. Embora a maioria dos pacientes não venham a sofrer complicações, é importante que sejam mencionadas e que as conheça.

  • Hematoma: acumulação de sangue devido à ocorrência de uma hemorragia.
  • Infeção: pode variar de uma infeção ligeira da pele – celulite – até uma infeção purulenta mais profunda. A ocorrência de hematoma ou infeção pode levar a deformidades da orelha específicas, conhecidas como deformidades em couve-flor.
  • Problemas no processo de cicatrização: a cicatrização é um processo individual e afetado por fatores intrínsecos (nomeadamente idade, género, caraterísticas da pele, doenças cutâneas e sistémicas, etc) e fatores extrínsecos (nomeadamente medicação, tabaco, forças exercidas sobre o tecido em cicatrização, etc) e por vezes pode evoluir com infeção, deiscência (abertura de pontos), necrose cutânea, entre outros ou evoluir como cicatrizes alargadas, retráteis, hipertróficas ou queloides
  • Sub-ou sobre-resseção: excisão a mais ou a menos do que o desejado
  • O grau de proximidade da orelha à cabeça e o grau de moldagem dos sulcos e proeminências da orelha também podem ser realizados a mais ou a menos que o desejado.
  • Assimetria: existência de diferenças no resultado de um lado em relação ao outro
  • Alterações de sensibilidade.
  • Deformidade.
  • Necrose de pele: a redução da circulação sanguínea, pode levar a ulcerações e até necrose (morte) de pele, podendo levar a cicatrizes ou deformidades.
  • Impossibilidade de satisfazer todas as expectativas da/o utente.
  • Resultado insatisfatório – Existe a possibilidade de um resultado menos satisfatório por parte do paciente relativamente ao procedimento. Um resultado insatisfatório pode dever-se a expectativas irrealistas ou à ocorrência de complicações que alterem o expectável pós-operatório. Em alguns casos raros, é possível ser necessário a realização de uma cirurgia adicional para melhorar os resultados.
  • Recidiva: possibilidade de reaparecimento parcial ou total da deformidade pré-operatória da orelha alada.
  • Fenómenos tromboembólicos: a trombose venosa profunda e o tromboembolismo pulmonar podem surgir como complicação cirúrgica, sobretudo em pessoas que apresentam múltiplos fatores de risco ou fatores de risco major.

 

O ato cirúrgico pode estar associado a outras complicações que podem ainda não estar descritas na literatura ou que, pela sua baixa frequência, não estão enunciados neste documento.

Depois da Cirurgia

Pode haver dor e desconforto por alguns dias, os quais cedem habitualmente á medicação analgésica instituída. No caso de dor muito intensa que não cede à analgesia, deverá contactar a clínica.

 

Vai necessitar de fazer os pensos de acordo com as indicações que lhe vão ser dadas.

 

A maioria dos pontos estão por baixo da pele e não são visíveis. Os restantes serão removidos quando o médico indicar.

Quais os cuidados no pós-operatório?

É vital importância para uma boa recuperação e obtenção de bons resultados cumprir com todo o protocolo pós-operatório entregue pela equipa médica após a cirurgia.

 

  • Seguir rigorosamente todas as indicações.
  • Mantenha o penso ao redor da cabeça até à primeira visita pós-operatória.
  • Tome a medicação conforme a prescrição médica.
  • Em casa, não deve estar sempre deitado nem na mesma posição. Deve levantar-se e dar pequenos passos, pelo menos de duas em duas horas, para não permitir a formação de “coágulos” nos membros.
  • Compareça na consulta de pós-operatório, de acordo com a sua marcação.
  • Evite esforços.
  • Não fume!