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A Gripe

publicado em 11 Dez. 2019

Nesta altura do ano começam a aumentar os casos de Gripe sazonal e a procura dos serviços de urgência por este motivo.

A Gripe é uma doença aguda provocada por um vírus que afeta principalmente as vias respiratórias. Transmite-se através de partículas de saliva de uma pessoa infetada (tosse ou espirros) ou por contacto direto com partes do corpo ou superfícies contaminadas.

A vacina é a principal medida de prevenção, diminuindo o risco de ter gripe e das suas complicações; recomenda-se a vacinação a pessoas com idade ? 65 anos, pessoas com doenças crónicas (pulmões, coração, rins e fígado) ou outras doenças que diminuam a resistência às infeções, bem como a diabéticos, grávidas, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados. Como os vírus da gripe estão em constante alteração a imunidade produzida não é duradoura e as pessoas devem vacinar-se todos os anos.

Para prevenir o contágio e a infeção devemos ainda lavar bem as mãos após frequentar locais públicos ou ter contacto com pessoas infetadas, evitar frequentar ambientes fechados com muitas pessoas e seguir um estilo de vida saudável e uma alimentação rica em vitaminas.

A gripe pode apresentar-se com febre, tosse, cansaço extremo, dor de cabeça, dores de corpo, arrepios, dor de garganta, nariz entupido e/ou pingo no nariz. Os sintomas habitualmente surgem de forma súbita. É importante referir que numa constipação os sintomas são semelhantes, mas na gripe as queixas são mais intensas – a febre é mais elevada, aumenta mais rapidamente e as dores musculares são mais fortes.

O período de contágio da gripe pode começar 1 a 2 dias antes do início dos sintomas e o período de incubação (tempo entre a infeção e os primeiros sintomas) varia habitualmente entre 48 e 72 horas. O quadro costuma aliviar ao fim de 5 dias (pode ir até às 2 semanas) e sem quaisquer complicações mas nos grupos de risco – crianças, grávidas, idosos e pessoas com doenças crónicas – a recuperação pode ser mais longa e o risco de pneumonia ou descompensação da sua doença de base é maior.

O diagnóstico é sobretudo clínico, através da identificação dos sinais e sintomas, mas em casos mais graves ou com risco de complicação podem ser feitos testes específicos.

Na maioria das situações o sistema imunitário encarrega-se de eliminar o vírus e o tratamento baseia-se no alívio das queixas – medicamentos para a febre, para as dores musculares ou dor de cabeça, para o desconforto nasal e eventualmente para a tosse. Visto ser uma infeção provocada por um vírus, os antibióticos não tratam nem aceleram a recuperação e só serão necessários se ocorrerem complicações e infeções secundárias.

Se tiver sintomas de gripe e, não se incluir nos grupos de risco já referidos, evite sair de casa, descanse, reforce a hidratação oral, espirre ou tussa para os braços, lave com frequência as suas mãos e utilize lenços de papel descartáveis. Em caso de dúvida consulte o seu médico e, se se dirigir a um serviço de urgência, procure informar à entrada qual a sua suspeita.