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Para que não lhe falte o ar…

publicado em 13 Dez. 2019

A asma é uma doença conhecida para a maioria das pessoas. É um problema de saúde com grande impacto na qualidade de vida, elevados custos socioeconómicos e elevada prevalência na população – cerca de 1 milhão de portugueses sofrem de asma e é a doença crónica mais frequente em idade pediátrica.

 

O QUE É?
É uma doença inflamatória crónica das vias aéreas. Em pessoas suscetíveis, diferentes estímulos provocam uma resposta inflamatória pulmonar com diminuição do calibre das vias aéreas já que ocorre um espessamento das paredes brônquicas, as secreções aumentam e os músculos contraem-se. Isto aumenta a resistência das vias aéreas diminuindo e dificultando a circulação do ar respirado.

 

As causas mais frequentes de agravamento da doença ou de crises de asma são a exposição a pólenes, ácaros do pó, fumo do tabaco e outros poluentes, cheiros intensos, exercício físico, ar frio, alguns alimentos, infeções víricas, crises de rinite e até alguns medicamentos. Estes “triggers” provocam um agravamento repentino da resposta inflamatória de base com consequente dificuldade respiratória súbita.

 

SINTOMAS
Os principais sintomas da asma são a falta de ar, a tosse e a sensação de “opressão” torácica porque “o ar não chega”. A passagem do ar através da árvore respiratória apertada faz com que o ar ressoe e apareça o sinal mais caraterístico da asma – a “chiadeira” ou os “gatinhos”.

 

Uma asma não controlada provoca uma limitação importante das atividades do dia-a-dia do doente asmático pela falta de ar recorrente, tosse e falta de descanso durante a noite já que ela cursa muitas vezes com sintomas noturnos, levando ao aumento do consumo da medicação de alívio.

 

Uma asma grave não controlada leva a internamentos frequentes e pode mesmo levar à morte, como aconteceu recentemente com uma criança de 13 anos nos Estados Unidos.

 

QUANDO NÃO DEIXAR DE IR AO MÉDICO
Todos os doentes asmáticos devem ser individualmente instruídos em relação ao procedimento terapêutico em caso de crise, para além da sua medicação diária habitual.

 

No caso de se manter a sensação de falta de ar, tosse, chiadeira e/ou opressão torácica após a medicação de alívio, um doente em crise asmática deve recorrer a uma consulta médica de urgência. O suporte terapêutico num serviço de urgência pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Asmas graves precisam não só de medicação inalatória, muitas vezes com recurso ao oxigénio, mas também de fármacos potentes administrados por via endovenosa para uma rápida dilatação das vias respiratórias.

 

A asma, embora mais frequente na criança/jovem, pode surgir em qualquer pessoa e em qualquer idade. Doentes não controlados faltam mais à escola/trabalho e consomem mais recursos de saúde, aumentando os custos socioeconómicos da doença. Controlar a asma é permitir uma vida normal e sem limitações, seja uma criança ou um idoso, uma pessoa sedentária ou um atleta de alta competição.