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Viver com artrite reumatoide

publicado em 04 Abr. 2022

A artrite reumatoide é uma doença reumatológica inflamatória que pode afetar de forma significativa a qualidade de vida do doente.

 

Quando não vigiada e tratada adequadamente conduz à destruição das articulações e, como consequência, perda da sua função. Uma das áreas mais afetadas na artrite reumatoide são as mãos, sendo que a sua função é primordial na atividade diária de qualquer pessoa, seja no trabalho, lazer ou simples atividades do quotidiano, como pentear-se ou alimentar-se.

 

Qualquer articulação dotada de membrana sinovial pode ser afetada, sendo por isso comum as queixas dos doentes com artrite reumatoide replicarem- se para os punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos ou pés.

 

Na sua base está um funcionamento anormal das nossas defesas, conduzindo a um ataque imunológico contra partes do nosso organismo. A articulação é o foco principal, contudo pode também ocorrer agressão de outros órgãos como: pulmões, coração, olho, nervos ou vasos. A morbilidade e mortalidade podem aumentar exponencialmente com este tipo de atingimento, pelo que a sua vigilância rigorosa é essencial.

 

Todavia, aquilo que há algumas décadas era o desfecho tradicional do doente com artrite reumatoide – destruição articular marcada com incapacidade para as atividades de vida diárias e perda de anos de vida – hoje, felizmente, é raro. Isto acontece devido aos avanços a que a reumatologia assistiu nos últimos anos, dotando o reumatologista de novas terapêuticas capazes de colocar a doença em remissão e novos meios complementares de diagnóstico capazes de um diagnóstico mais acertado e precoce, bem como de uma vigilância mais rigorosa.

 

Hoje, o doente com artrite reumatoide consegue ter uma qualidade de vida muito próxima do normal, desde que a sua doença seja adequadamente vigiada e tratada.

 

A imobilidade deixou de ser um marco negativo na vida do doente. Pelo contrário, a atividade física regular deverá fazer parte do seu dia a dia, fortalecendo os músculos em torno das articulações e combatendo a fadiga.

 

Um dos fatores mais importantes para que esta realidade seja possível é o diagnóstico precoce, competindo dessa forma ao doente, aquando do surgimento dos primeiros sintomas, procurar uma avaliação pelo reumatologista. Dessa forma estes meses de diagnóstico precoce irão transformar-se em anos de funcionalidade e qualidade de vida, permitindo que a vivência com esta doença seja próxima da normalidade.

 

A cura é uma miragem, contudo a vivência com uma doença adormecida é uma realidade atual e o objetivo de cada reumatologista.