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Mamoplastias em cirurgia plástica — aumento, redução e reconstrução

publicado em 24 Jan. 2020

Mamoplastia é o nome dado à cirurgia feita na região mamária, podendo ser de aumento, quando se acrescenta materiais como o silicone ou tecido adiposo, ou de redução, quando o médico retira parte do tecido mamário para reduzir o seu volume. Quando se trata de restaurar parte ou toda a mama, referimo-nos a reconstrução mamária.

 

Porém, ultimamente, muitos cirurgiões utilizam próteses de silicone mesmo em casos de redução de tamanho, pois o objetivo seria melhorar a consistência e a firmeza. Nestes casos, a diferenciação entre mamoplastia de redução e mamoplastia de aumento não é tão linear, pois por um lado o volume das mamas diminui, mas por outro foi utilizado implante de silicone. Assim, seria mais adequado usar apenas o termo mamoplastia com prótese. Existe também o conceito de mastopexia – “suspensão da mama” – que acontece quando apenas é removido cirurgicamente parte do “envelope” cutâneo das mamas, permitindo o reposicionamento destas a um nível mais alto (rejuvenescer a mama), sendo um procedimento muito usado nas cirurgias de remodelação corporal após cirurgia bariátrica (perda de peso).

 

Mamoplastia de aumento
A mamoplastia de aumento, um dos procedimentos mais frequentes em cirurgia plástica, é realizada com implantes mamários, habitualmente de silicone, sendo introduzidos por via inframamária, axilar ou através do complexo areolomamilar, maioritariamente à frente do músculo grande peitoral.
O tamanho adequado do implante mamário varia de doente para doente, devendo ser analisadas as características físicas e expetativas em relação ao resultado. Serão tidos em conta fatores como altura, qualidade da pele, largura do tórax e estilo de vida quotidiana.
Apesar de ser considerado um procedimento relativamente simples, deve sempre ser realizado por uma equipa de especialistas competentes (cirurgiões plásticos) e de preferência em ambiente hospitalar. De modo geral, esta cirurgia pode durar de 60 a 90 minutos, sendo relativamente tranquilo o pós-operatório e recuperação da mamoplastia de aumento.

 

Mamoplastia de redução
Consiste na diminuição cirúrgica do volume e peso das mamas, permitindo o alívio dos sintomas como dor nas costas, peso nos ombros, marcas profundas de soutien (cirurgia funcional e não estética). Existem várias técnicas, sendo as mais utilizadas aquelas com cicatrizes em T invertido, vertical ou apenas periareolar. Estas duas últimas são reservadas para retirar pequenos volumes mamários, diminuindo a flacidez, podendo ser englobadas como mastopexia.
A recuperação desta cirurgia pode ser um pouco mais lenta que a cirurgia de aumento, visto que existe mais manipulação e descolamento dos tecidos mamários, com a consequente perda de volume sanguíneo.
Mas o alívio sintomático sentido pelas doentes é imenso e real, motivo pelo qual em muitas situações são cirurgias cobertas pelas companhias de seguro ou convenções. Assim como nas outras mamoplastias, os cuidados operatórios são muito importantes, nomeadamente o uso de soutien adequado.

 

Mamoplastia de reconstrução
Falamos de um procedimento puramente reconstrutivo, mas sempre procurando o melhor resultado estético possível. Trata-se de uma cirurgia direcionada a restituir parte ou toda a mama, quando submetida a mastectomias por cancro da mama.
A tendência atual é, cada vez mais, fazer estes procedimentos reconstrutivos em simultâneo com a remoção da doença tumoral, permitindo assim diminuir o trauma psicológico (cirurgia oncoplástica). Para isso, é fundamental a conjugação de equipas de cirurgia geral e cirurgia plástica. Muitas vezes, é realizada a redução mamária terapêutica, em que associado à remoção do tumor é feita a redução de tecido mamário por técnicas habitualmente realizadas em cirurgia plástica.
Nos casos de reconstruções mamárias tardias, a técnica a utilizar vai desde enxertos de gordura, expansores mamários/próteses de silicone, até retalhos musculocutâneos mais complexos.