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A disfunção sexual no homem tem tratamento

publicado em 16 Fev. 2022

Anos de pandemia e de confinamento levam a distúrbios psíquicos e comportamentais, que agravam ou fazem manifestar disfunções orgânicas. Mas a COVID-19 provoca disfunção endotelial, através da alteração na integridade da barreira vascular, promovendo um estado pro-coagulativo, induzindo inflamação endotelial e mesmo infiltração leucocitária. Assim, está implicada na disfunção sexual, e a procissão ainda vai no adro.

 

Pessoas infetadas com COVID podem ter uma probabilidade 5 vezes maior de apresentar disfunção erétil e alterações na função reprodutiva.

 

O confinamento levou a alteração dos hábitos sexuais, como uma diminuição do número de parceiros sexuais em 44%, uma diminuição do número de relações sexuais em 37%, uma diminuição do desejo sexual, um aumento no consumo de ansiolíticos e antidepressivos, redundando num agravamento da disfunção erétil, da disfunção orgástica e ejaculatória.

 

Parafraseando Agostinho Silva: “O Homem não nasceu para trabalhar, apesar de lhe ser exigido que o faça.”. Temos de aproveitar os momentos de lazer para sermos verdadeiramente felizes e uma sexualidade plena faz parte dessa felicidade.

 

Medicação crónica, sedentarismo, excesso de álcool, tabaco ou drogas recreativas são outros fatores que podem estar na base deste problema e que merecem ser avaliados e melhorados com a ajuda de um especialista.

 

O avançar da idade leva ao aumento das queixas do foro sexual, mas é possível envelhecer com qualidade e contornar ou atenuar condições que agravam a disfunção sexual, através da avaliação, revisão e eventual reformulação da medicação crónica e do estilo de vida.

 

A disfunção pode sempre ser tratada, melhorada ou minorada. Numa primeira abordagem, há que avaliar o tipo de disfunção e qual a sua origem: orgânica, endocrinológica, neurológica, vascular, medicamentosa ou psicológica. A avaliação do pénis, a procura e o tratamento de lesões ou deformidades locais ou de doenças transmissíveis fazem também parte da rotina do tratamento.

 

Existem vários degraus no plano terapêutico, desde tratamentos locais, como ondas de baixa intensidade, tratamentos de vácuo, a gel ou comprimidos, para colocação na uretra, a tratamentos orais, realizados diariamente ou antes do ato sexual. O recurso a fármacos injetáveis também pode ser considerado, assim como a realização de atos cirúrgicos para colocação de próteses penianas. A prótese é o último patamar do tratamento.

 

Liberte-se, viva a sua sexualidade de forma responsável e plena!