Skip to main content

Dermatologia: como diagnosticar e tratar a Rosácea?

publicado em 15 Jan. 2021

Rosácea é uma doença da pele da face sendo que os seus principais sintomas são: mal-estar cutâneo, vermelhidão da pele, sensação de picada, ardor ou formigueiro, intolerância ao calor ou frio.

A Rosácea é uma doença vascular crónica da pele da face, muito prevalente principalmente em indivíduos com fotótipo I e II (cor de pele branca e morena clara), que interfere de forma significativa com a qualidade de vida e a autoestima da pessoa afetada.

 

A Rosácea consiste em exacerbações e remissões recorrentes de eritemas e telangiectasias na região central da face, acompanhadas de pápulas e pústulas. A doença é mais comum em mulheres a partir dos 25 anos, com pico de incidência entre os 40 e os 50 anos, mas também pode ocorrer em homens e neles o quadro tende, às vezes, a ser mais grave.

Sintomas e perturbações cutâneas da Rosácea

No início, a Rosácea caracteriza-se por episódios recorrentes de eritema transitória da face, evoluindo para um eritema localizado permanente entre pirâmide nasal e região malar. Com o passar do tempo, aparecem “borbulhas” (pápulas e nódulos), derrames (ectasias vasculares) e inchaço (edema) do nariz, das pálpebras, orelhas ou do queixo. Agravamento pode acontecer pela ação de diversos fatores, como luz solar, frio, calor, vento, álcool ou ingestão de alimentos picantes e bebidas quentes.

 

Os doentes queixam-se de mal-estar cutâneo, vermelhidão da pele, sensação de picada, ardor ou formigueiro, intolerância ao calor ou frio. A cara parece inchada, a pele está seca, descamativa ou áspera.

Tipos de Rosácea

Existem, principalmente, quatro tipos de Rosácea:

 

  • Rosácea Eritemato-Telangiectásica
  • Rosácea Pápula-Pustulosa
  • Rosácea Fimatosa
  • Rosácea Ocular

 

Para além disso, outras formas de gravidade diversificada podem ocorrer, por exemplo: Rosácea Fulminans e Conglobata, Rosácea Granulomatosa e Dermite Perioral, Rosácea Esteróide e Rosácea com associação a Dermite Seborréica e Acne (“Dermatose Mista”).

Qual a causa da Doença?

A causa da Rosácea é complexa e multifatorial. Pensa-se que a rosácea se deve a uma inadequação de diversos sistemas regulatórios de defesa corporal e do sistema imune, reatividade vascular devido a alterações degenerativas perivasculares e controle vasomotor anormal, a uma disfunção dos peptídeos antimicrobianos e a um aumento de ácaros foliculares (Demodex folliculorum).

Diagnóstico da Rosácea

A Rosácea é subdiagnosticada, subtratada e subvalorizada, por isso, o diagnóstico precoce, o início do tratamento e o esclarecimento sobre cuidados adicionais, como a higiene diária da pele da face, são muito importantes. O diagnóstico não é unívoco, nem linear, dada a multiplicidade de manifestações clínicas e associações com outras dermatoses.

 

A Rosácea não deve ser entendida como uma mera perturbação cosmética com toda a evidência científica acumulada. O tratamento consiste em controlar os sintomas e brotes para prevenir um progresso da doença. Não há cura, mas muitos avanços recentes na terapia para controlar a doença.

 

Todos os agravantes e desencadeantes devem ser afastados. O tratamento deve incluir uma estratégia a longo prazo, que inclui terapia tópica, cuidado de fotoproteção específico, agentes sistémicos (por exemplo antibióticos, retinoides e outros) e em alguns casos tratamento de laser ou luz pulsada intensa.

 

O cumprimento do plano de tratamento por parte do doente também tem um papel muito importante no controlo da doença.