Novembro é mês de sensibilização do cancro da próstata. Contudo, há outros problemas de saúde sexual a levar os homens, incluindo os mais jovens, na casa dos 20 e 30 anos, ao médico. O mais curioso é que, muitas vezes, o verdadeiro tabu não está em falar com o médico: está sim em contar à pessoa com quem se partilha a vida.
Isto também é coisa de jovens de 20 e 30 anos
Novembro é azul, para sensibilizar para o rastreio e prevenção do cancro da próstata: deve ser feito a partir dos 50 anos, ou 45 se existirem antecedentes familiares. Em Portugal, são diagnosticados cerca de 6.000 casos por ano. Morrem perto de 2.000 homens – um número que poderia ser diminuído, uma vez que, com um diagnóstico precoce, as hipóteses de cura são muito maiores.
Mesmo até em populações cada vez mais jovens, a disfunção erétil é claramente uma das doenças mais prevalentes e uma das principais causas de procura de consulta. A causa desta ‘falha’ pode ser física. Ainda assim, entre os jovens, o motivo para não ter uma ereção satisfatória tende a ser psicológico. É a pressão, o stress, o cansaço, o receio de não conseguir ‘provar a sua masculinidade’.
Certo é que o lado físico e o lado psicológico tendem a juntar-se, independentemente daquele que esteja na origem do problema. É como se o homem entrasse numa espiral. “Quando o homem falha uma vez, uma segunda e uma terceira, entra neste ciclo de já saber que vai falhar. Então, vai a medo, porque sabe que vai falhar.
Há até doentes que não têm problema do foro sexual, simplesmente pretendem ter uma performance melhor”, atesta Pedro Oliveira, para falar da procura de soluções que permitam ter ereções mais duradouras.
Outra realidade é a da redução dos níveis de testosterona, que obrigam a tratamentos de reposição hormonal. A vida acelerada, com ritmos trocados e poucas horas de sono, não costuma ajudar neste indicador.
O caminho para derrubar o estigma ainda é longo, mas já estão a ser dados os primeiros passos. Os homens estão a perder a vergonha, procuram ajuda, mesmo homens mais jovens procuram ajuda.
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Entrevista in CNN 30/11/25