Skip to main content

O que é a aterosclerose?

publicado em 14 Nov. 2022

As doenças cardiovasculares são, desde há décadas, a principal causa de morte em Portugal e no mundo. Sendo a aterosclerose a principal responsável pelas doenças cardiovasculares, é fundamental conhecer a sua origem, as suas consequências e de que forma pode ser prevenida.

 

A aterosclerose é um processo complexo que ocorre nas artérias, os vasos sanguíneos que levam o sangue desde o coração até todos os órgãos do corpo. Esta resulta da acumulação de colesterol nas paredes das artérias, podendo culminar na sua obstrução, limitando o normal fluxo sanguíneo.

 

A aterosclerose evolui ao longo da vida, podendo surgir logo desde a adolescência e instalar-se em todas as artérias do corpo. As suas consequências variam de acordo com os órgãos atingidos: angina de peito e enfarte do miocárdio (vulgarmente conhecido como ataque cardíaco) quando afeta o coração; acidente vascular cerebral (AVC) e demência quando afeta o cérebro; falência renal quando afeta os rins; dor ao caminhar e eventual amputação quando afeta os membros inferiores; disfunção sexual quando afeta os órgãos sexuais e perda de visão quando afeta os olhos.

 

As medidas preventivas devem ser iniciadas o mais precocemente possível. A alimentação saudável e equilibrada, a atividade física regular, a evicção do tabaco, o consumo moderado de bebidas alcoólicas, bem como o controlo do peso, da tensão arterial, dos níveis de colesterol e de açúcar do sangue são fundamentais para impedir a progressão deste problema.

A aterosclerose pode já estar presente e disseminada sem causar sintomas ou limitação aparente nas atividades da vida diária.

Deste modo, é fundamental a sua deteção precoce através de uma avaliação e acompanhamento médico especializado. De uma forma individualizada, poderão ser requeridos exames complementares de diagnóstico, tais como o eletrocardiograma, ecocardiograma, ecografia dos vasos dos pescoço e dos membros inferiores, prova de esforço, tomografia axial computorizada (TAC), ressonância magnética, exames de medicina nuclear, entre outros. Assim, é possível identificar os casos de maior risco, que podem beneficiar de estratégias mais diferenciadas, tais como a prescrição de medicação específica e realização de procedimentos invasivos que restabelecem o normal fluxo sanguíneo das artérias afetadas.

 

Aqueles que, infelizmente, já sofreram um evento cardiovascular, devem ter um cuidado especial e acompanhamento mais apertado, pois apresentam um risco ainda maior de ter um segundo evento.

 

Uma abordagem médica integrada pode evitar ou, pelo menos, minimizar as consequências mais graves da aterosclerose.