Soja é uma leguminosa rica em proteínas, fibras e compostos bioativos que exerce efeitos benéficos para a saúde, especialmente a população feminina.
Ganhou destaque como alternativa proteica vegetal e por conter fitoestrógenos, que podem interagir com receptores hormonais no corpo. Importante lembrar que tais benefícios dependem de algumas variáveis, como tipo de soja, frequência de consumo, microbiota e individualidade metabólica.
Estudos epidemiológicos indicam que o consumo moderado de soja pode estar associado à redução do risco de cancro de mama, no entanto o efeito parece ser mais protetor quando a soja é consumida desde a infância ou adolescência e outro ponto importante a ser considerado é que a maioria desses estudos foram realizados em países asiáticos, cujo consumo vem de outras gerações, não em populações ocidentais.
Considerando que os estudos são controversos e a necessidade de individualizar seu aproveitamento por conta da sua metabolização, microbiota e genética, existem dois pontos preocupantes, que se sobrepõem à todas essas vantagens citadas no início deste artigo.
Para garantir uma produção mais eficiente para controle das ervas daninhas, o herbicida usado na plantação da soja é o glifosato (Roundup), altamente cancerígeno, o segundo item é o fato de que 80 a 90% da soja produzida mundialmente é transgênica, mais um tema polêmico que nos alerta para o seu consumo.
Seja por escolha pessoal, questões hormonais ou preocupação com transgênicos e agrotóxicos, muitas mulheres preferem evitar a soja e buscar outras fontes desses compostos bioativos.
Para as que optam pelo consumo sugiro a soja bio/orgânica, especialmente quando fermentados (missô, natto, temph) e para as substituições opte por outras leguminosas (grão de bico, lentilha, feijões, sementes (chia, linhaça, girassol, abóbora, gergelim).
Se o objetivo é obter benefícios semelhantes aos da soja, como modulação hormonal e proteção antioxidante, use outros compostos, como as lignanas (sementes de linhaça e gergelim), flavonoides e polifenóis (frutas vermelhas, chá verde, cúrcuma, cacau, uva): possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
E os Carotenóides (cenoura, abóbora, tomate, pimentão, mamão): protegem as células contra danos oxidativos.