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Varizes pélvicas e dor pélvica crónica: de que falamos afinal?

publicado em 17 Out. 2022

A síndrome de congestão pélvica (também apelidado de refluxo venoso pélvico) resulta da existência das denominadas varizes pélvicas: varizes, ou veias dilatas e disfuncionantes, que se desenvolvem na proximidade do útero e ovários.

Cerca de uma em cada três mulheres sofre de dor pélvica crónica constituindo um motivo frequente de consulta em Ginecologia. Numa proporção relevante desses casos, mesmo após o adequado estudo ginecológico, não se estabelece um diagnóstico definitivo. Neste cenário de dor pélvica crónica de causa não esclarecida são vários os estudos que apontam para um possível papel da congestão venosa pélvica.

 

A síndrome de congestão pélvica (também apelidado de refluxo venoso pélvico) resulta da existência das denominadas varizes pélvicas: varizes, ou veias dilatas e disfuncionantes, que se desenvolvem na proximidade do útero e ovários.

 

Geralmente diagnosticada em mulheres com história de duas ou mais gestações (não sendo, no entanto, obrigatório que tal aconteça) pode ser uma causa pouco diagnosticada de dor pélvica crónica, dor ou desconforto associados a relações sexuais, desconforto urinário (não relacionado com infeções urinárias) e até desenvolvimento de varizes nas pernas.

O diagnóstico das varizes pélvicas baseia-se na presença dos sintomas acima mencionados e na confirmação com os exames adequados (após a exclusão das causas ginecológicas mais frequentes) que podem incluir a ecografia (nomeadamente a ecografia transvaginal), a TAC com contraste ou a ressonância magnética.

Estabelecido o diagnóstico e atendendo a uma reduzida eficácia e durabilidade do tratamento medicamentoso, está atualmente indicada a intervenção endovascular (por cateterismo) que irá possibilitar a oclusão das referidas varizes pélvicas resultando numa redução da hipertensão venosa a nível pélvico e na resolução dos sintomas associados.

 

Este tratamento – durável, seguro, eficaz e sem impacto na fertilidade da mulher – não obriga a internamento, pode ser realizado sob anestesia local e com pouca (ou nenhuma) dor e desconforto no pós-operatório.

 

Na presença de sintomatologia sugestiva das varizes pélvicas, ou se esta suspeita for colocada pelo seu Médico de Família ou Ginecologista, procure avaliação junto de um especialista em Cirurgia Vascular.