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Infeções Sexualmente Transmissíveis: quando recorrer ao médico?

publicado em 04 Set. 2023

As infeções sexualmente transmissíveis (IST) são, como o próprio nome indica, aquelas que são transmitidas através dos diversos tipos de ato sexual: vaginal, anal, oral.

 

Estas infeções podem ser provocadas por diferentes agentes como vírus, bactérias e parasitas internos ou externos. Todas as pessoas com relações sexuais desprotegidas podem contrair uma infeção sexualmente transmissível, mas sabe-se que o risco se relaciona diretamente com o número de parceiros sexuais, principalmente se existir uso inconsistente de preservativo.

 

As manifestações clínicas são, também, muito diversificadas e, em muitos casos, pode ocorrer infeção assintomática. No entanto quando presentes, as alterações que mais frequentemente levam os doentes a recorrer a observação médica são:

  • A presença de corrimento uretral, ou vaginal associado ou não a dor ou ardor – também denominada de Uretrite/Cervicite;
  • Dor anal/retal associada ou não a corrimento – também denominada de Proctite;
  • Aparecimento de adenopatias (gânglios aumentados e dolorosos) nas regiões inguinais, cervicais ou generalizadas;
  • Aparecimento de úlceras (uma ou múltiplas) nos órgãos genitais, região anal ou boca, orofaringe, que podem estar associadas a dor;
  • Aparecimento de lesões verruciformes nos órgãos genitais;
  • Aparecimento de exantema maculopapular disperso, com ou sem atingimento de palmas e plantas.

 

Estas alterações podem ainda ser acompanhadas de sintomas sistémicos como febre, mal-estar e cansaço, semelhantes a uma gripe e alguns deles podem resolver espontaneamente, embora a infeção persista se não for corretamente tratada, podendo mesmo ser transmitida a outros parceiros sexuais.

 

Dos agentes etiológicos responsáveis por estes sintomas destacam-se:

  • Chlamydia trachomatis (Clamídea),
  • Neisseria gonorrhoeae (Gonorreia),
  • Treponema pallidum (Sífilis),
  • Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH),
  • Vírus do Papiloma Humano (HPV),
  • Vírus das Hepatite A, B e C,
  • Vírus Herpes Simples 1 e 2
  • Vírus Mpox (Varíola dos macacos).

 

Muitas destas doenças são preveníveis através de medidas como o uso de preservativo, vacinação, ou medicação para prevenir e reduzir o risco de infeção e a grande maioria tem tratamento curativo.

 

Outras, como a infeção por VIH, VHB, quando já estão estabelecidas, beneficiam de um diagnóstico precoce para um tratamento eficaz que controla a doença e permite aos doentes ter uma vida normal ao mesmo tempo que reduz muito o risco de transmissão a outros parceiros sexuais.

 

Se tiver algum sintoma, algum comportamento de risco acrescido, ou dúvidas nesta área poderá encontrar aconselhamento junto do seu médico Infeciologista.