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Ataques de pânico: como reconhecer?

publicado em 11 Abr. 2024

Os ataques de pânico, são períodos intensos e abruptos de desconforto e medo tão extremos que podem levar as pessoas a recear a sua própria morte.

 

Durante um ataque de pânico, o corpo experimenta uma onda de stress tão profunda que é difícil saber exatamente como é que o corpo vai reagir, fazendo com que as pessoas sintam uma grande imprevisibilidade acerca do curso dos sintomas.

 

O que torna os ataques de pânico únicos é o facto de, apesar de serem um problema de saúde mental, serem frequentemente os sintomas físicos que recebem mais atenção. Os ataques de pânico causam sintomas físicos intensos que imitam perturbações de saúde graves.

 

Pessoas com ataques de pânico tornam-se muito preocupados e com medo de ter novos ataques de pânico.  Geralmente tornam-se hipersensíveis e hipervigilantes relativamente a sensações físicas, procurando ajuda médica quando surge alguma sensação física.

Sintomas do ataque de pânico

Os sintomas que se seguem são frequentemente sentidos de forma diferente por pessoas diferentes. Alguns dos sintomas mais comuns de um ataque de pânico incluem:

  • Batimento cardíaco rápido e acelerado.
  • Sensação de que o coração está a ser apertado ou pressionado.
  • Dores no peito, muitas vezes dores agudas no centro do peito.
  • Suor intenso com possíveis sensações de calor/frio.
  • Tonturas, possivelmente com confusão ou acompanhadas de sensação de desmaio.
  • Sensação de que não consegue respirar fundo.
  • Fraqueza, formigueiro ou dormência nos braços e pernas.
  • Sensações de queimadura que percorrem a pele e os músculos.
  • Dificuldade em concentrar-se ou focar-se em algo que não seja os seus sintomas.
  • O impulso de sentir que precisa de fugir ou que precisa de um médico.
  • Dificuldade em ouvir, por vezes com a sensação de que os ouvidos estão tapados.
  • Medo avassalador, como se algo terrível estivesse prestes a acontecer.
  • Despersonalização, também conhecida como a sensação de que se está a observar a si próprio.
  • Sensação de enlouquecimento ou de que a mente está a falhar.
  • Náuseas e desconforto no estômago, eventualmente com dores.
  • Pressão na cabeça como se a cabeça estivesse a ser apertada.
  • Necessidade premente de urinar ou defecar.
  • Dificuldade em manter a cabeça erguida.

Estes sintomas não ocorrem necessariamente ao mesmo tempo e cada um deles pode apresentar vários graus de gravidade.

Duração e curso do ataque de pânico

Os ataques de pânico habitualmente começam com um sintoma, que fica mais intenso e ao qual se juntam outros sintomas, também eles, aumentando em intensidade.  Geralmente, estes sintomas atingem um pico por volta dos 10 minutos.  Nesse pico, as pessoas têm pensamentos de que vão morrer, de que vão ter um ataque cardíaco, de que vão perder o controlo, enlouquecer ou desmaiar.  Após o pico, os sintomas vão diminuir progressivamente, mesmo que a pessoa não faça nada para resolver a situação.

 

Os ataques de pânico podem durar cerca de 40 minutos. À medida que se dissipam, deixam frequentemente a pessoa fatigada e esgotada.

Sintomas psicológicos que acompanham os ataques de pânico

Os ataques de pânico podem ser acompanhados de sintomas psicológicos assustadores, que aumentam o medo, tais como:

  • Pensamento de catástrofe, em que a pessoa começa a imaginar coisas más a acontecerem-lhe, como ser atropelado por um carro ou desmaiar num local público.
  • Um sentimento intenso de necessidade de fuga.
  • Uma perda de contacto com a realidade, chamada “desrealização”, que é quando o cérebro desliga a sua ligação com a realidade como um mecanismo de defesa para o stress intenso.
  • Sensação de que o cérebro não está a funcionar.  Algumas pessoas sentem como se estivessem a viver dentro da sua própria cabeça, incapazes de escapar.

Como saber se um ataque de pânico ou algo fisicamente mais grave?

A maior dúvida que as pessoas têm é se estão a sofrer um ataque de pânico ou algo fisicamente mais grave, como um ataque cardíaco.

Infelizmente, alguns sintomas são tão próximos uns dos outros que a única maneira de saber é falar com um médico. O que é importante perceber é que os ataques de pânico são relativamente comuns, e os ataques cardíacos/ problemas de saúde graves em pessoas mais jovens e geralmente com boa saúde são menos comuns.

 

É sempre uma boa ideia falar com o seu médico pelo menos uma vez, para eliminar outras causas possíveis para os seus sintomas.

 

Os ataques de pânico, quando não são tratados, podem ser altamente incapacitantes, na medida em que podem condicionar as atividades do dia a dia (faltar ao trabalho ou às aulas, limitar as atividades sociais, limitar a atividade física, mais visitas ao serviço de urgência, e pior qualidade de vida).  Por vezes, as pessoas começam a evitar um conjunto de situações com receio de ter um ataque de pânico.

 

Não deixe que a ansiedade tome conta da sua vida e procure ajuda profissional.