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O que é a Ciática?

A ciática, também chamada de ciatalgia, carateriza-se por uma crise aguda de dor, fraqueza, adormecimento ou formigueiros numa perna com origem na zona lombar, acompanhando o trajeto do nervo ciático. Em geral, a ciática afeta apenas um dos lados do corpo, podendo acompanhar-se de sensações como perna dormente ou formigueiros, designados por parestesias.

 

Habitualmente, a ciática está associada à hérnia discal, uma saliência dos discos intervertebrais (articulações entre as vértebras que permitem a mobilidade e absorvem os choques e cargas), que ao comprimir as raízes do nervo provoca uma inflamação e, consequentemente, os sintomas acompanhantes.

 

Embora a dor possa ser severa, na maioria dos casos há resolução dos sintomas em poucas semanas sem necessidade de cirurgia. Apenas situações de perda significativa da força muscular ou alterações urinárias e intestinais serão candidatas definitivas a cirurgia.

Quais os principais sintomas da Ciática?

Os sintomas sentidos por doente com ciática são variados, no entanto os mais comuns são as seguintes;

  • dor provocada pela inflamação do nervo;
  • perda da sensibilidade ou redução dos reflexos da região atingida;
  • diminuição da força muscular, formigueiro ou sensação de queimadura;
  • dor que irradia da coluna lombar para a região posterior da coxa ou da perna;
  • aumento das dores quando se permanece em pé ou sentado;
  • intensificação da dor com flexão do tronco.

Quais os tratamentos para a Ciática?

O tratamento para os doentes com ciática passa, primeiramente, pelo repouso podendo ser necessário recorrer a fisioterapia e/ou medicação. As medidas conservadoras, não cirúrgicas, resultam na maioria dos casos, não sendo necessário o recurso a cirurgia.

 

Só em casos de dor muito intensa ou resistência às medidas referidas anteriormente é que se passa para a intervenção cirúrgica. As infiltrações epidurais de corticoides (um anti-inflamatório potente) na coluna podem proporcionar alívio sintomático, ao reduzir a inflamação nervosa. Estas injeções, com taxas de complicações muito baixas, são feitas em ambulatório, sem necessidade de internamento. Outras técnicas percutâneas, pouco invasivas, como a nucleoplastia por coblação ou plasma, IDET e ozonoterapia, são usadas em casos muito particulares.

 

A cirurgia só está indicada em caso de persistência, recorrência ou agravamento de sintomas após pelo menos 6 semanas de tratamento conservador, ou em doentes que se apresentam inicialmente com dor não controlada, alterações neurológicas significativas ou disfunção urinária ou intestinal. O cirurgião retira a hérnia discal ou o esporão ósseo que exerce pressão sobre o nervo. Quando bem indicada, a cirurgia é eficaz, com uma baixa taxa de complicações, podendo atualmente ser realizada por métodos minimamente invasivos.

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